segunda-feira, 18 de março de 2013

Eduardo Braga quer regularização de médicos estrangeiros para suprir demanda no interior


Programas de incentivo para que médicos brasileiros trabalhem em pequenos municípios têm sido insuficientes para atender à demanda da população do interior, o que justificaria a regularização da atuação de profissionais formados em outros países. Essa é a opinião do senador Eduardo Braga (PMDB-AM), que elogiou o Programa de Valorização do Profissional da Atenção Básica (Provab), do Ministério da Saúde. Ele lamentou, no entanto, que a adesão, no Amazonas, tenha ocorrido em apenas 11 dos 33 municípios incluídos no programa.

Segundo ele, a metade dos municípios amazonenses se inscreveu e aderiu ao Provab, que assegura residência médica a profissionais que se comprometem a atuar no interior. No entanto, apenas 11 municípios tiveram a contrapartida de inscrição de médicos interessados. O senador acrescentou que as localidades atendidas são “as mais bem aquinhoadas do Amazonas”.

– Até quando esses brasileiros [do interior do estado] vão esperar para ter saúde pública? Enquanto isso, os médicos colombianos, bolivianos e peruanos estão praticando medicina no interior da Amazônia ilegalmente. Mas se não fossem esses médicos, quem estaria prestando assistência médica a esse povo, que lá no interior da Amazônia protege um dos maiores patrimônios do Brasil? Esta hipocrisia precisa ser enfrentada – frisou.

Ele defendeu que o Senado priorize a regularização da atuação de médicos estrangeiros no Brasil e observou que a carência de médicos ocorre não apenas na região Norte, mas também em pequenos municípios no Centro-Oeste e do Nordeste.

Para Eduardo Braga, a atuação de médicos estrangeiros supriria a insuficiência de especialistas. Ele lembrou que, apesar de o Brasil formar 14 mil médicos por ano, são oferecidas anualmente apenas sete mil vagas de residência para especialização, ampliadas recentemente em duas mil vagas, segundo anúncio dos ministérios da Educação e da Sáude.

– A metade dos médicos brasileiros que se formam todos os anos não consegue fazer residência médica e, quando consegue, é em especialidade que o Brasil já não tem mais demanda – disse.

Agencia Senado

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