O senador republicano Rand Paul estabeleceu um plano que visa conceder
status legal aos imigrantes ilegais e uma eventual via para a cidadania, em um
movimento que poderia reforçar seu perfil nacional, mas aborrecer alguns de
seus apoiadores conservadores. O político não descartou a possibilidade de
concorrer à Presidência dos EUA em 2016.
O senador de Kentucky é um membro
proeminente da ala Tea Party do Partido Republicano. Sua posição pode dar
cobertura política a outros conservadores para revisar as leis de imigração no
Senado e dar status legal a milhões de trabalhadores sem documentos.
"Nós não vamos deportar 12 milhões
de imigrantes ilegais", disse Paul, em um discurso ontem na Câmara
Hispânica de Comércio dos EUA. "Se você deseja trabalhar, se você deseja
viver e trabalhar nos Estados Unidos, então vamos encontrar um lugar para
você."
Paul evitou dizer explicitamente a
palavra "cidadania", ao descrever o seu plano, em grande parte porque
se tornou uma palavra politicamente muito carregada.
Seu plano visa aumentar a segurança na
fronteira e fornecer vistos de trabalho para imigrantes sem documentos que
vivem nos EUA. Eles eventualmente seriam autorizados a pedir a cidadania sem
ter de retornar aos seus países de origem, mas esses pedidos não seriam
considerados à frente de pessoas que já esperam pela imigração legal.
Rand Paul apresentou seu plano de
imigração como contraponto ao senador Marco Rubio, da Flórida, outro possível
candidato republicano para 2016, que tem sido o centro das atenções por seu
trabalho sobre a legislação de imigração.
Paul prometeu ainda apresentar um plano
para equilibrar o orçamento federal em metade do tempo estabelecido pelo
deputado Paul Ryan, de Wisconsin, outro potencial candidato presidencial, que é
o autor do modelo orçamentário dos republicanos. As informações são da Dow
Jones.
Estadão
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