Para marcar o Dia Internacional
da Mulher, celebrado em todo o mundo , neste 8 de março, o Alto Comissariado
das Nações Unidas para Refugiados (ACNUR) inicio nesta quinta-feira (7) em toda a América Latina
uma nova fase da campanha “Amplifique Suas Vozes”. Com forte apelo interativo,
a campanha busca dar voz às mulheres refugiadas vítimas da violência e
conscientizar a opinião pública sobre esta questão.
Segundo dados do ACNUR,
aproximadamente 60% dos 15,1 milhões de refugiados do mundo são mulheres e
meninas, muitas vezes vítimas da violência física, sexual ou psicológica. Em
situações de conflito e abuso dos direitos humanos, esta violência é utilizada
para intimidar, humilhar ou castigar as mulheres as comunidades afetadas.
No Brasil, 30% dos cerca de
4.600 refugiados reconhecidos pelo governo são mulheres – uma população de
quase 1.400 pessoas.
No site www.amplifiquesuasvozes.com.br,
a campanha apresenta vídeos com 12 depoimentos de refugiadas colhidos em países
da América Latina, com relatos sobre a violência sofrida por essas mulheres e
que podem ser compartilhados nas redes sociais. A campanha também divulga spots
de rádio e TV, que foram produzidos no Brasil com o apoio da Empresa Brasileira
de Comunicação (EBC). No Twitter, a campanha tem a hashtag
#amplifiquesuasvozes.
Além das emissoras da EBC, os
spots da campanha estão sendo divulgados pelos canais de rádio e TV da Câmara
dos Deputados e do Senado Federal e retransmitidos pela Associação Brasileira
de Rádios Comunitárias (ABRAÇO). A campanha “Amplifique Suas Vozes” foi criada
para o ACNUR pela agência de publicidade colombiana Alpha 245 (associada ao
grupo Leo Burnett) e inclui ainda cartazes e cartões postais virtuais.
O material da campanha em
espanhol está disponível no sitewww.amplificasusvoces.com, e a hashtag é #amplificasusvoces
Entre as mulheres refugiadas
que vivem no Brasil, cerca de 20 relataram ter sofrido algum tipo de violência
de gênero após sua chegada no país. Outras 20 disseram ter sofrido abusos em
seus países de origem, enquanto um grupo menor (cerca de 15) afirmou ter sido
vítima de atos violentos entre seu país de origem e o Brasil. Os números podem
ser maiores, pois o ACNUR e suas ONGs parceiras têm dificuldade em obter
relatos das mulheres sobre este tema – uma vez que subnotificação é comum neste
tipo de questão.
“Criamos esta campanha para dar
voz à todas as mulheres vítimas da violência, especialmente as refugiadas e
deslocadas em consequência aos conflitos armados. Quando uma mulher sofre
abuso, sua autoestima e sua voz diminuem. Pensando nisso, nossa campanha busca
amplificar a voz destas refugiadas para que todos tomem conhecimento do
problema”, afirma o representante do ACNUR no Brasil, Andrés Ramirez.
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