Rescisão de contrato com refinaria que explorava trabalho foi assinada.
Empresa de pesquisador da USP foi fechada por Procuradoria do Trabalho.
Trabalhadores bolivianos que eram submetidos a condições análogas a escravidão assinaram nesta quinta-feira (15) a rescisão contratual com a refinaria Biodiesel Brasil. O auditor-fiscal do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Mário Tanaka, disse que R$ 40 mil em indenizações trabalhistas foram pagos aos nove homens que compareceram à sede do órgão
O valor pago é a soma das rescisões, salários atrasados, férias proporcionais e do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS). Segundo Tanaka, os homens permanecerão no Brasil e a refinaria custeará a hospedagem. Os trabalhadores também tiraram documento de identidade e carteira de trabalho.
Com documentação regularizada, a intenção dos bolivianos é encontrar emprego no país. “Lá [na Bolívia] é pior”, disse o operário Rodolfo Luna, 46 anos.
A empresa de Pradópolis, que produzia combustível com óleo de cozinha reciclado, foi fechada após uma vistoria do Ministério Público do Trabalho (MPT) que flagrou entre oito e dez bolivianos – MPT e MTE não foram precisos quanto ao número – que viviam em um alojamento sem condições de higiene, trabalhavam até 15 horas por dia e não recebiam salários há dois meses.
O responsável legal pela Biodiesel Brasil, Miguel Joaquim Dabdoub, é pesquisador da USP de Ribeirão Preto, onde é responsável por um projeto homônimo. Ele saiu da audiência com o MTE sem dar entrevista. Procurada pelo G1, a universidade informou que não tem responsabilidade sobre as atividades da empresa do pesquisador.
G1
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