O presidente do Conselho Nacional de Imigração do Ministério do Trabalho, Paulo Sérgio de Almeida, disse ontem (24) que é necessário esclarecer o que é refúgio para facilitar a inserção dessas pessoas na sociedade, após participar de um encontro que discute como garantir emprego e renda para refugiados.
“Muitas vezes as pessoas nem sabem o que é refúgio, acham que é um criminoso, fugitivo internacional”. Ele lembra que longe disso, podem solicitar refúgio indivíduos que sofram ameaça, perseguição política, étnica, ou religiosa em seu país de origem.
Segundo Almeida, essa visão deturpada sobre o status de refugiado acaba por dificultar o acesso dessas pessoas ao mercado de trabalho, ponto primordial para assegurar que elas possam ser autossuficientes.
Difundir esse tipo de informação é uma das finalidades do evento promovido pelo Ministério do Trabalho, Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (Acnur) e Comitê Nacional para Refugiados (Conare).
Além do preconceito gerado pela desinformação, o presidente do conselho destacou que existem outras barreiras que dificultam a integração dos refugiados, como a língua e a falta de documentação que comprove a escolaridade.
Para contornar esses problemas, Almeida disse que o Estado age em parceria com organizações da sociedade civil e com o Acnur, para articular uma rede de proteção aos refugiados.
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