terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

Ministro francês defende intolerância à imigração clandestina

O ministro francês da Indústria, Eric Besson, afirmou que não haverá "tolerância à imigração clandestina" sobre os fluxos de tunisinos para a Itália, reconhecendo ao mesmo tempo que "alguns podem ter o direito ao exílio".

"Não pode haver tolerância pela imigração clandestina" mas "alguns podem ter o direito ao exílio", incluindo os apoiantes do presidente deposto Zine El Abidine Ben Ali, derrubado a 14 de Janeiro por uma contestação popular sem precedentes, disse o ministro.

"Não é uma decisão colectiva, o exílio. Continua (...) numa base de caso para caso" de acordo com a situação pessoal, explicou à televisão Canal Plus.

Enquanto que 5.000 imigrantes clandestinos chegaram à costa da ilha de Lampedusa em cinco dias, o antigo ministro da Imigração alertou os tunisinos contra a travessia do Mar Mediterrâneo, "um cemitério de céu aberto".

"Não façam isso. Não podem fazer porque põe a vossa vida em perigo e porque a entrada à Europa, contrariamente ao que se pensa, não é automática", aconselhou.

"Os que chegaram a Itália vão ver a sua situação individual vista numa base de caso para caso; os que têm direito ao exílio e os que se consideram ameaçados e que mostrarem provas, vão poder permanecer no solo europeu mas todos os outros vão ser reconduzidos ao seu país", argumentou.

Para travar os fluxos provenientes de Tunísia ou mesmo do Egipto, Besson sugere "fazer tudo de modo a que esta transição democrática tenha sucesso" e "acompanhar na medida do possível - esta pode ser da responsabilidade da União Europeia - no caminho da prosperidade económica

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