Os governos da região da Ásia-Pacífico correm o risco de ver um número sem precedentes de pessoas se deslocado por enchentes, tempestades e outros impactos da mudança climática, afirmou o Banco de Desenvolvimento Asiático (BDA) num relatório na segunda-feira (7).
O banco e os climatologistas afirmaram que a região, que abriga 4 bilhões de pessoas, estará entre as mais afetadas pelos impactos da mudança climática, que levará a uma importante migração tanto dentro dos países, como entre as nações, sobrecarregando os recursos.
O relatório preliminar “Migração em razão da mudança climática exige atenção” também afirmou que nenhum mecanismo internacional foi criado para controlar os milhões de pessoas em movimento.
“Os esquemas de proteção e assistência permanecem inadequados, mal coordenados e escassos. Os governos nacionais e a comunidade internacional precisam tratar dessa questão urgentemente de maneira proativa”, disse o documento.
Não fazer isso poderia resultar em desastres humanitários, concluiu o relatório.
O relatório feito para as autoridades examinou as ameaças climáticas e a natureza complexa das migrações, para o qual a mudança climática é apenas um de diversos gatilhos, que incluem ainda um número cada vez maior de pessoas que buscam emprego nas cidades.
O documento apontou os impactos, tais como temperaturas mais elevadas, mudança nos padrões de chuva, maior variabilidade das monções, elevação do nível dos oceanos, enchentes e ciclones tropicais mais intensos.
As inundações do ano passado no Paquistão provocaram o deslocamento temporário ou permanente de milhões de pessoas. O Sri Lanka passa agora pela segunda onda de enchentes no país em menos de um mês, que ameaça até 90 por cento da produção de arroz. Mais de 250 mil pessoas buscam refúgio em abrigos temporários.
“O Pacífico é especialmente vulnerável por causa de seu alto grau de exposição a riscos ambientais e da alta densidade populacional. Como resultado, ele poderá passar por deslocamentos de populações em uma escala sem precedentes nas próximas décadas”, disse o relatório do BDA.
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