Depois de quatro anos, o Fórum Social Mundial (FSM) volta ao continente africano. Desta vez, a capital senegalesa, Dacar, terá a oportunidade de sediar o evento que reunirá organizações e movimentos sociais de 123 países. A abertura oficial acontecerá hoje domingo (6) com uma marcha que sairá da Radio Television Senegalaise (RTS) rumo a Universidade Cheikh Anta Diop, local onde ocorrerão as ações do Fórum.
Quase mil atividades autogestionadas estão programadas para acontecer até o dia 11. Duas delas convocadas pela Agência Latino-Americana de Informação (Alai) para o dia 8 de fevereiro: "A política como desafio: movimentos para os novos paradigmas de mudança”, que ocorrerá de 16h as 19h; e "A informação alternativa a serviço das mobilizações políticas e sociais”, a qual será divida em três mesas de debate, de 9h as 19h.
Como todos os anos, além das atividades autogestionadas; assembleias e celebrações também farão parte dos seis dias de programação do FSM. Destaque para o segundo dia de Fórum, dedicado ao continente anfitrião, com o Dia da África e da Diáspora. A ideia é que as resistências e as lutas dos povos do continente africano sirvam de exemplo para as demais populações do mundo.
De acordo com a organização do evento, três questões nortearão as discussões do FSM 2011: a situação mundial e a crise; a situação dos movimentos sociais pela cidadania; e o processo dos fóruns sociais mundiais. A primeira diz respeito a quatro dimensões da crise do capitalismo: a social, a geopolítica, a ecológica e a ideológica. Na ocasião, também haverá espaço para aprofundar o debate sobre a crise de civilização, apresentada durante o FSM 2009, em Belém, no Pará.
Já nos debates sobre a situação dos movimentos sociais, o foco será as lutas pela cidadania e pelo acesso aos direitos. Dentro dessa perspectiva, dois pontos serão enfatizados: os direitos ambientais na preservação do planeta; e os direitos de migrantes que ultrapassam as fronteiras, com destaque também para as diásporas.
A terceira questão, que trata sobre os fóruns sociais mundiais, apontará a importância do Fórum como lugar estratégico de encontro de movimentos e organizações de todo o mundo. Além disso, ressaltará o valor e a força dos fóruns sociais descentralizados na construção dos FSMs e de grandes mobilizações
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