Uma cerca com 250 quilômetros de comprimento em pleno deserto visa impedir a entrada de imigrantes clandestinos no território israelense, segundo o Ministério da Defesa israelense.
Dezenas de caminhões e tratores chegaram nesta segunda-feira na fronteira de Israel com o Egito para o início da construção de uma barreira de segurança que impedirá a entrada de clandestinos no território israelense, vindos principalmente da África. A obra tem custo estimado em 365 milhões de dólares e havia sido aprovada pelo Parlamento em janeiro.
No mês passado, o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, declarou que a imigração ilegal é um golpe sofrido também pelo Egito.
"Israel tem a obrigação e o direito de se proteger contra este fenômeno, que representa uma ameaça ao Estado", afirmou o premiê.
Autoridades de Imigração israelenses informaram que, nos últimos meses, cerca de 700 africanos passaram do lado egípcio para o israelense a cada semana, o que significa um crescimento de 300% em comparação com os números do início de 2010. Desde janeiro, quase 12 mil imigrantes conseguiram atravessar a fronteira israelense-egípcia, contra 4.300 em 2009.
Segundo o governo israelense, entre os clandestinos estão candidatos a um asilo político ou econômico e também traficantes de drogas.
Trinta clandestinos foram mortos pela polícia do Egito desde o início do ano. Associações de defesa dos direitos humanos acusam regularmente as autoridades egípcias de atirar nos imigrantes para matar.
Negociações de paz entre israeleses e palestinos continuam no impasse
Neste domingo, cinco mil pessoas manifestaram em frente ao gabinete do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu para pedir que Israel não ceda a um novo congelamento das construções na Cisjordania.
O líder palestino, Mahmoud Abbas, disse no domingo no Cairo, em visita ao presidente egípcio, Hosni Mubarak, que não vai aceitar a proposta americana para a retomada das negociações de paz se ela não incluir a suspensão das construções em Jerusalém Oriental.
Os Estados Unidos, que mediam o diálogo israelo-palestino, propuseram a Israel medidas de estímulo para aceitar a condição. Em setembro, nas últimas discussões, Washington prometeu 20 aviões F-35 ao governo israelense em troca da suspensão da colonização durante três meses.
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