A Itália "ainda é um país de emigração", atestou um relatório anual divulgado hoje pela Fundação Migrantes sobre os italianos no mundo.
Segundo o documento, hoje os cidadãos italianos inscritos nos registros dos residentes no exterior são 4.028.370, o equivalente a 6,7% da população total que habita o território italiano.
Os dados mostram um aumento da imigração italiana para o exterior. Em 2009, os residentes fora da Itália eram 113 mil a menos, e, há quatro anos, eram um milhão a menos em relação aos dados registrados em abril deste ano pela Fundação Migrantes.
"O relatório testemunha que a Itália, além de ser um país de imigração, é ainda um país de emigração", colocou Giancarlo Perego, diretor da fundação.
Ele ressaltou que existe hoje "sobretudo uma emigração juvenil, e isto nos leva a pensar na necessidade de políticas juvenis, universitárias, de reforçar todos os programas de pesquisa de forma significativa nas universidades e também nas empresas".
Aos cidadãos inscritos nos registros se somam os de origem italiana, que segundo o relatório representam "uma outra Itália" sendo cerca de 80 milhões residentes principalmente no Brasil, Argentina e Estados Unidos.
A fundação destaca que, com a redução da mobilidade interna, houve um aumento da população de trabalhadores em trânsito no exterior e de pessoas que se mudam constantemente para fora do país mas mantêm a residência na Itália.
"Cerca de três milhões de italianos por ano vão ao exterior por breves períodos", explicou Franco Pittau, o responsável pelo relatório.
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