sexta-feira, 5 de fevereiro de 2016

Crianças refugiadas desfilam na Sapucaí pela escola mirim Mangueira do Amanhã

Quarenta crianças refugiadas que vivem no Brasil terão uma experiência inédita neste Carnaval: na próxima terça-feira (09 de fevereiro), por volta das 20hs, elas desfilarão na Marquês de Sapucaí como integrantes da escola mirim "Mangueira do Amanhã". O desfile é promovido pela organização não-governamental brasileira IKMR (do inglês "I Know My Rigths" – ou Eu Conheço Meus Direitos) e conta com o apoio da Agência da ONU para Refugiados (ACNUR).
As crianças refugiadas que desfilarão no Carnaval do Rio são oriundas de sete diferentes nacionalidades: Síria, Jordânia, Palestina, Sudão, Angola, Congo e Líbia. Todas vivem no Brasil com seus familiares e são acompanhadas pela IKMR.
A participação das crianças refugiadas no desfile da "Mangueira do Amanhã" foi uma sugestão da cantora Maria Bethania, homenageada neste ano pela escola de samba Estação Primeira da Mangueira – à qual a "Mangueira do Amanhã" está associada.
Segundo a fundadora e presidente da IKMR, Vivianne Reis, o desfile "é uma oportunidade única de possibilitar às crianças refugiadas o acesso à cultura brasileira de uma forma lúdica por meio do carnaval, uma das festas mais populares e representativas do mundo, tão rica em sua diversidade". Para ela, "brincar de folião na Sapucaí, num universo de fantasias, cores e ritmos será uma experiência mágica para as crianças".
A escola de samba mirim Mangueira do Amanhã é um dos projetos que compõem o Programa Social da Mangueira. Fundada em 1987 pela cantora Alcione, que hoje é presidente de honra do grupo, a escola reúne cerca de duas mil crianças e adolescentes entre 5 e 17 anos, que são da Mangueira e de comunidades vizinhas. Todas as crianças que participam da escola precisam estar devidamente matriculadas em escolas do país.
Para o carnaval de 2016, a escola levará para a Marquês de Sapucaí o enredo "Era uma vez... A Mangueira do Amanhã vai contar para vocês", do carnavalesco Clebson Prates. Brincando e vivendo a aventura de ser criança, a escola desfilará na avenida com 21 alas e cerca de 1.800 crianças e adolescentes. As crianças refugiadas comporão a ala "Pluft, o fantasminha".
Por: ACNUR

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