Fluxo de imigrantes levou debate sobre controles fronteiriços no continente (Foto: Fabrizio Bensch/Reuters)
Uma retomada permanente dos controles fronteiriços
na Europa custaria aos países signatários da área de livre circulação conhecida
como Espaço Schengen cerca de 110 bilhões de euros ao longo da próxima década,
afirmou o centro de estudos oficial do governo da França
O acordo Schengen é uma peça central da integração
europeia, mas, pressionados pelos eleitores alarmados com o influxo inédito de
imigrantes da África e do Oriente Médio, vários países já retomaram
temporariamente o controle de suas fronteiras com vizinhos também membros da
União Europeia.
Um estudo do France Strategie, centro de pesquisas
ligado ao escritório do primeiro-ministro francês, Manuel Valls, afirmou que a
queda no turismo e no comércio entre as fronteiras, causada pelo encerramento
definitivo da área de livre circulação, custaria à Europa 0,8 por cento da
produção econômica ao longo de 10 anos.
Só para a França, o custo seria de 1 ou 2 bilhões
de euros no curto prazo e de 10 bilhões de euros em uma década, o equivalente a
0,5 por cento de seu Produto Interno Bruto (PIB), afirmaram os autores do
estudo.
"No longo prazo, a generalização dos controles
de fronteira permanentes seria equivalente a um imposto de 3 por cento nas
operações comerciais entre países do Espaço Schengen, o que levaria a um
declínio estrutural de 10 a 20 por cento no comércio", escreveram.
Metade do custo seria devido à queda do turismo, 38
por cento por causa do impacto nas pessoas que trabalham entre as fronteiras e
12 por cento resultante do custo adicional com o frete de cargas, argumentaram.
Das 26 nações do Espaço Schengen, seis membros,
incluindo a Alemanha,
reintroduziram controles fronteiriços temporários em reação às centenas de
milhares de imigrantes que tentam chegar aos países mais prósperos da União
Europeia.
Reuters
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