Províncias fronteiriças procuram mecanismos

As autoridades da província angolana do Zaire e da região do Baixo-Congo (República Democrática do Congo) discutem mecanismos para combater o fenómeno da imigração ilegal na fronteira comum, durante um fórum que decorre desde quinta-feira, em Matadi, promovido pela parte congolesa. O encontro está a discutir as constantes violações da fronteira comum por parte de cidadãos congoleses e deve encontrar soluções para o reforço da cooperação entre as províncias fronteiriças. O governador do Zaire, Pedro Sebastião, que está naquele país vizinho a convite do seu homólogo de Matadi, Simon Mbatshi Batshia, espera que do encontro saiam soluções que possam inaugurar uma nova era de concórdia nas relações de cooperação entre Angola e a RDC. O encontro deve ainda encontrar soluções em matéria de Defesa e Segurança ao longo da fronteira comum. As partes, depois de três dias de conversações, decidiram criar duas subcomissões técnicas de trabalho para concluir as questões sobre imigração ilegal e produzir um comunicado final que reflicta os pontos acordados durante os debates. Pela parte angolana, os debates destas subcomissões foram orientados pelo comandante provincial do Zaire da Polícia Nacional, o comissário Francisco Massota, ao passo que, pela parte congolesa, esteve o ministro provincial do Baixo-Congo, Mbedi ya Kitembidi. O governador provincial do Zaire, Pedro Sebastião, manifestou-se convicto de que os desafios a que se propõem as autoridades dos dois países podem garantir maior cooperação para as populações dos dois países. Angola e RDC, segundo o governador, estão de acordo que é preciso criar condições que facilitem a vida das populações das duas províncias. Pedro Sebastião garantiu que as preocupações apresentadas pelas populações fronteiriças podem encontrar resposta adequada das autoridades dos dois países. O governador de Matadi, Simon Mbantshi Batshia, destacou que as relações de cooperação entre os dois países são de longa data. “Esperamos que os debates possam encontrar soluções que traduzam o recomeço de uma nova etapa de convivência salutar”, afirmou.