sexta-feira, 25 de março de 2011

Suplicy diz que principal meta do Mercosul deve ser a livre circulação de pessoas


A livre circulação de pessoas nos territórios dos países membros do Mercosul foi apontada pelo senador Eduardo Suplicy (PT-SP) como a principal meta a ser buscada pelo mercado comum. Nesse sentido, o senador disse que a União Europeia deve ser tomada como exemplo para os países sul-americanos.

Além do comércio sem barreiras alfandegárias e do livre fluxo de capitais de investimento, disse o senador, os habitantes do bloco europeu também são beneficiados pela "livre circulação de seres humanos".

- Os cidadãos de quaisquer países da União Europeia podem escolher onde trabalhar, onde estudar, onde viver, simplesmente sem barreiras que dificultem o seu trânsito em qualquer país - disse Suplicy nesta quinta-feira (24).

O senador aproveitou para voltar a criticar o muro construído pelos Estados Unidos em parte de sua fronteira com o México e também o embargo norte-americano a Cuba, que vigora desde 1962.

Na opinião de Suplicy, uma verdadeira integração sul-americana só será possível depois de os países do continente implantarem instrumentos de transferência renda aos moldes do Earned Income Tax Credit, do Fundo Permanente do Alasca, nos Estados Unidos, ou a renda básica de cidadania, proposta por ele para o Brasil.

- Poderíamos não apenas ter o objetivo de um dia termos uma área de livre comércio do Alasca à Patagônia, mas também o objetivo de um dia termos a real integração, a exemplo do que acontece na União Européia, mas de uma maneira ainda mais avançada. De podermos ter do Alasca à Patagônia o objetivo de assegurarmos o direito a toda e qualquer pessoa ter uma renda suficiente para as necessidades vitais de cada um, como um direito à cidadania - idealizou Suplicy.

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