Abrigo foi fechado e imigrantes serão apenas orientados por secretarias (Foto: Quésia Melo/G1)
O
abrigo para imigrantes haitianos e senegaleses, que funcionava na Chácara
Aliança, em Rio Branco desde 2014, foi fechado no início deste mês. De acordo com o secretário de Justiça e Direitos Humanos do
Acre (Sejudh), Nilson Mourão, o principal motivo é a redução no número de
imigrantes que usam o Acre como rota para entrar no Brasil. Ele conta que
atualmente três imigrantes continuam no local, pois já estavam na chácara antes
do fechamento.
Mourão
explica que, caso cheguem novos imigrantes no estado, a Sejudh e a Secretaria
de Estado de Desenvolvimento Social (Seds) vão efetuar somente o trabalho de
orientação, mas não mais fornecer abrigo, alimentação ou transporte. Além
disso, a chácara onde funcionava o abrigo, será devolvida ao proprietário.
"Vamos fazer as orientações nas duas secretarias e muito
provavelmente nas rodoviárias, mas ainda estamos buscando o acordo. Seremos
apenas um centro de referência em orientação. Quem já estava no abrigo, como
esses três imigrantes, continua até sair para outro local. Agora, quem está
fora nós orientamos que o abrigo está fechado, se não for assim, a gente não
fecha nunca. A chácara será devolvida ao proprietário e está encerrado o
abrigo", destaca.
Vistos
O Acre deixou de ser a principal rota para entrada de imigrantes haitianos no país desde que o Brasil ampliou a emissão de vistos pelas embaixadas em Porto Príncipe (Haiti), Quito (Equador) e Lima (Peru).
)
Segundo o Itamaraty, em 28 de setembro de 2015 foi inaugurado em Porto
Príncipe, em parceria entre a Embaixada do Brasil no Haiti e a Organização
Mundial para a Imigração, um novo centro de atendimento para demandas de vistos
de haitianos que querem ir ao Brasil.
Ainda segundo o órgão, em 2015, a média diária de vistos para haitianos
foi de aproximadamente 78. As emissões de vistos têm prazos estipulados e
seguem as resoluções normativas do Conselho Nacional de Imigração (CNIg).
O abrigo montado em Rio Branco, chegou a receber até 100 haitianos
diariamente, mas atualmente o cenário é bem diferente e o local está vazio.
"Grande parte dos imigrantes fica no estado para retirar a documentação,
espera por dinheiro da família para seguir viagem, mas agora devem seguir seus
caminhos, procurar emprego ou ir para o Sul", finaliza Mourão.
G1
Acre
miguelimigrante.blogspot.com
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