Por leis e controles
migratórios para garantir a soberania nacional ou por uma migração segura,
ordenada e regular garantindo cidadania e direitos?
Depois
de tantas normas de controle migratório inúteis, depois de inúmeras construções
de muros ao redor do mundo nas fronteiras, nas cidades e capitais impedindo a
passagem das pessoas que por necessidade e no desespero buscam condições dignas
de vida e de segurança. Por causa da violência e das guerras, por causa dos
fenômenos climáticos que destroem seus lugares de origem. Por causa dos
sistemas econômicos injustos que por um lado concentram capitais e riquezas na
mão de poucos e por outro exploram e excluem a maioria dos trabalhadores (as). Enfim por causa do tráfico de pessoas, segundo
maior negocio do mundo depois da indústria bélica, milhões de pessoas são
obrigadas a sair e fugir de suas terras, cidades e países, em busca de
liberdade, de condições dignas e de segurança para si e suas famílias. Somando todos estes grupos no mundo atualmente
já ultrapassa a cifra dos 300 milhões entre MIGRANTES, REFUGIADOS E TRAFICADOS.
Enquanto que
depois de 40 anos da construção do Muro de Berlim (1989) o mundo Ocidental viu
sua destruição, em apenas duas décadas posteriores, o mundo já havia construído
cinco novos muros: EUA – MÉXICO, ISRAEL – CISJORDÂNIA, ESPANHA – MARROCOS
(Ceuta e Melilla) GRECIA – TURQUIA E COREIA DO NORTE – COREIA DO SUL.
Se
dermos a palavra para outras formas de muros como por exemplo: Muros políticos,
econômicos, culturais, religiosos, psicológicos, ideológicos...sem dúvida que o
número aumentaria muito. Conseqüentemente e automaticamente diante de tantos
muros o que mais aparece e aumenta entre as pessoas é a desconfiança, o medo, a
rejeição, a xenofobia, o bulling, a perseguição, a separação, o abandono, enfim
o que mais aparece e vem aumentando em muitos lugares e ao mesmo tempo. É a
VIOLÊNCIA EM TODAS SUAS FORMAS E EM TODA SUA CRUELDADE.
Por outro lado vemos gestos e atitudes de ACOLHIDA, DE
SOLIDARIEDADE, DE COMPREENSÃO, DE APROXIMAÇÃO, DE DIÁLOGO, DE ATENÇÃO, DE
ESCUTA AO DIFERENTE E SOBRETUDO GESTOS DE CUIDADO E DE MISERICORDIA para com a
vida do meio ambiente e para com a vida dos vulneráveis, dos semelhantes que
são apenas diferentes, dos empobrecidos e dos excluídos.
Estamos vivendo num mundo
dividido em dois espaços, dois lugares que convivem ao mesmo tempo: ilhas,
condomínios ricos e imensas periferias e bolsões de pobreza. Convivemos
conjuntamente porém de forma bem diferentes entre dois grupos: Os poucos e
pequenos grupos enriquecidos e a imensa maioria das populações empobrecidas.
Fingimos que não estamos vendo e nos iludimos pensando de que não somos parte
de uma única família humana vivendo numa única casa comum que recebemos de
presente para ser cuidada e administrada com responsabilidade. Ainda não
entendemos que somos diferentes sim, porém desiguais não.
Tanto a campanha da fraternidade
assim como o ano da Misericórdia proclamado pelo Papa Francisco nos convoca e
chama a todas as pessoas de boa vontade para construirmos um mundo sem muros e
a sermos pontes, mediadores (as) da justiça, da misericórdia, da paz e da
fraternidade entre as pessoas e nas diferentes situações.
Em relação ao Planeta nossa casa
comum também somos responsáveis pelo seu cuidado e pela sua justa administração
para que tenhamos um espaço e um lugar de paz e garantido às futuras gerações condições
dignas para o bem viver.
Os agentes, as pessoas de boa
vontade que trabalham, acompanham e caminham juntos com os migrantes e refugiados
também são profetas da paz e presença que une e que cuida da vida. Devemos
fortalecer cada dia mais esta convicção e este grupo que acredita no futuro com
dignidade, justiça e segurança para todos.
Que seja esta a agenda e o
objetivo de todos os foros, seminários, encontros, cúpulas...sobre o
desenvolvimento sustentável a partir deste momento. É tarefa, é missão de todos
dos governos, das sociedade civil e dos migrantes e refugiados. Todos estamos navegando
no mesmo e único barco comum, todos estamos em movimento no planeta terra e
todos somos migrantes nesta única casa
comum, rumo a morada definitiva. Ou nos salvaremos juntos ou
sucumbiremos de igual modo.
Por outro lado
vemos gestos e atitudes de ACOLHIDA, DE SOLIDARIEDADE, DE COMPREENSÃO, DE
APROXIMAÇÃO, DE DIÁLOGO, DE ATENÇÃO, DE ESCUTA AO DIFERENTE E SOBRETUDO GESTOS
DE CUIDADO E DE MISERICORDIA para com a vida do meio ambiente e para com a vida
dos vulneráveis, dos semelhantes que são apenas diferentes, dos empobrecidos e
dos excluídos.
Estamos
vivendo num mundo dividido em dois espaços, dois lugares que convivem ao mesmo
tempo: ilhas, condomínios ricos e imensas periferias e bolsões de pobreza.
Convivemos conjuntamente porém de forma bem diferentes entre dois grupos: Os
poucos e pequenos grupos enriquecidos e a imensa maioria das populações
empobrecidas. Fingimos que não estamos vendo e nos iludimos pensando de que não
somos parte de uma única família humana vivendo numa única casa comum que
recebemos de presente para ser cuidada e administrada com responsabilidade.
Ainda não entendemos que somos diferentes sim, porém desiguais não.
Tanto
a campanha da fraternidade assim como o ano da Misericórdia proclamado pelo
Papa Francisco nos convoca e chama a todas as pessoas de boa vontade para
construirmos um mundo sem muros e a sermos pontes, mediadores (as) da justiça,
da misericórdia, da paz e da fraternidade entre as pessoas e nas diferentes
situações.
Em
relação ao Planeta nossa casa comum também somos responsáveis pelo seu cuidado
e pela sua justa administração para que tenhamos um espaço e um lugar de paz e
garantido às futuras gerações condições dignas para o bem viver.
Os
agentes, as pessoas de boa vontade que trabalham, acompanham e caminham juntos
com os migrantes e refugiados também são profetas da paz e presença que une e
que cuida da vida. Devemos fortalecer cada dia mais esta convicção e este grupo
que acredita no futuro com dignidade, justiça e segurança para todos.
Que
seja esta a agenda e o objetivo de todos os foros, seminários, encontros,
cúpulas...sobre o desenvolvimento sustentável a partir deste momento. É tarefa,
é missão de todos dos governos, das sociedade civil e dos migrantes e
refugiados. Todos estamos navegando no mesmo e único barco comum, todos estamos
em movimento no planeta terra e todos somos migrantes nesta única casa comum,
rumo a morada definitiva. Ou nos salvaremos juntos ou sucumbiremos de igual
modo.
Neste sentido
creio que algumas perguntas são importantes
Como
flexibilizar as fronteiras e pensarmos numa cidadania universal?
Como
repensar o conceito de soberania nacional em base ao respeito dos direitos
humanos?
Como
construir acordos trabalhistas de cooperação entre os Países de origem e
destino?
Como
desenvolver mecanismos regionais e plurilaterais de cooperação migratória e
investimentos em estruturas de produção e trabalho nos Países empobrecidos
pelas multinacionais e governos “centrais”?
Como
fortalecer os processos de diálogo regionais e internacionais já existentes e
criar novos?
Toda
crise deve ser contextualizada para que não fiquemos apenas nas suas
conseqüências negativas. Ao entendermos suas causas no seu contexto, a crise se
transforma numa oportunidade positiva possibilitando mudanças estruturais e
assim, a vida ganha qualidade e sentido. Neste momento crítico não podemos
esquecer o pano de fundo da instabilidade econômica mundial, a violência das
guerras do tráfico e do terrorismo e o desequilíbrio climático causado pelos
humanos. Devemos enfrentar a crise neste contexto para não correr o risco de
buscar falsas soluções em base a uma visão fragmentada e reducionista da
realidade.
O
esforço e a participação para responder a estas perguntas seria o caminho para
consolidar as sociedades democráticas, livres e justas que foram construídas em
séculos de história. Não podemos permitir que um pequeno grupo de egoístas e de
violentos destrua o planeta e pisem na historia. Não podemos deixar que o medo,
a violência e os muros superem a força e a energia do amor, da confiança, da
paz, da justiça, da misericórdia e do amor que existem no coração da natureza e
da grande maioria dos seres humanos.
Todos
podemos fazer algo e isso faz a diferença. Critique participando das soluções.
Pe.
Mário Geremia CS – Missionário Scalabriniano.
miguelimigrante.blogspot.com
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