quinta-feira, 10 de março de 2016

Muros o Pontes para garantir a soberania nacional


Por leis e controles migratórios para garantir a soberania nacional ou por uma migração segura, ordenada e regular garantindo cidadania e direitos? 
 Depois de tantas normas de controle migratório inúteis, depois de inúmeras construções de muros ao redor do mundo nas fronteiras, nas cidades e capitais impedindo a passagem das pessoas que por necessidade e no desespero buscam condições dignas de vida e de segurança. Por causa da violência e das guerras, por causa dos fenômenos climáticos que destroem seus lugares de origem. Por causa dos sistemas econômicos injustos que por um lado concentram capitais e riquezas na mão de poucos e por outro exploram e excluem a maioria dos trabalhadores (as).  Enfim por causa do tráfico de pessoas, segundo maior negocio do mundo depois da indústria bélica, milhões de pessoas são obrigadas a sair e fugir de suas terras, cidades e países, em busca de liberdade, de condições dignas e de segurança para si e suas famílias.  Somando todos estes grupos no mundo atualmente já ultrapassa a cifra dos 300 milhões entre MIGRANTES, REFUGIADOS E TRAFICADOS.

Enquanto que depois de 40 anos da construção do Muro de Berlim (1989) o mundo Ocidental viu sua destruição, em apenas duas décadas posteriores, o mundo já havia construído cinco novos muros: EUA – MÉXICO, ISRAEL – CISJORDÂNIA, ESPANHA – MARROCOS (Ceuta e Melilla) GRECIA – TURQUIA E COREIA DO NORTE – COREIA DO SUL.

Se dermos a palavra para outras formas de muros como por exemplo: Muros políticos, econômicos, culturais, religiosos, psicológicos, ideológicos...sem dúvida que o número aumentaria muito. Conseqüentemente e automaticamente diante de tantos muros o que mais aparece e aumenta entre as pessoas é a desconfiança, o medo, a rejeição, a xenofobia, o bulling, a perseguição, a separação, o abandono, enfim o que mais aparece e vem aumentando em muitos lugares e ao mesmo tempo. É a VIOLÊNCIA EM TODAS SUAS FORMAS E EM TODA SUA CRUELDADE.

Por outro lado vemos gestos e atitudes de ACOLHIDA, DE SOLIDARIEDADE, DE COMPREENSÃO, DE APROXIMAÇÃO, DE DIÁLOGO, DE ATENÇÃO, DE ESCUTA AO DIFERENTE E SOBRETUDO GESTOS DE CUIDADO E DE MISERICORDIA para com a vida do meio ambiente e para com a vida dos vulneráveis, dos semelhantes que são apenas diferentes, dos empobrecidos e dos excluídos.
Estamos vivendo num mundo dividido em dois espaços, dois lugares que convivem ao mesmo tempo: ilhas, condomínios ricos e imensas periferias e bolsões de pobreza. Convivemos conjuntamente porém de forma bem diferentes entre dois grupos: Os poucos e pequenos grupos enriquecidos e a imensa maioria das populações empobrecidas. Fingimos que não estamos vendo e nos iludimos pensando de que não somos parte de uma única família humana vivendo numa única casa comum que recebemos de presente para ser cuidada e administrada com responsabilidade. Ainda não entendemos que somos diferentes sim, porém desiguais não. 

Tanto a campanha da fraternidade assim como o ano da Misericórdia proclamado pelo Papa Francisco nos convoca e chama a todas as pessoas de boa vontade para construirmos um mundo sem muros e a sermos pontes, mediadores (as) da justiça, da misericórdia, da paz e da fraternidade entre as pessoas e nas diferentes situações.

Em relação ao Planeta nossa casa comum também somos responsáveis pelo seu cuidado e pela sua justa administração para que tenhamos um espaço e um lugar de paz e garantido às futuras gerações condições dignas para o bem viver.

Os agentes, as pessoas de boa vontade que trabalham, acompanham e caminham juntos com os migrantes e refugiados também são profetas da paz e presença que une e que cuida da vida. Devemos fortalecer cada dia mais esta convicção e este grupo que acredita no futuro com dignidade, justiça e segurança para todos.

Que seja esta a agenda e o objetivo de todos os foros, seminários, encontros, cúpulas...sobre o desenvolvimento sustentável a partir deste momento. É tarefa, é missão de todos dos governos, das sociedade civil e dos migrantes e refugiados. Todos estamos navegando no mesmo e único barco comum, todos estamos em movimento no planeta terra e todos somos migrantes nesta única casa  comum, rumo a morada definitiva. Ou nos salvaremos juntos ou sucumbiremos de igual modo.

Por outro lado vemos gestos e atitudes de ACOLHIDA, DE SOLIDARIEDADE, DE COMPREENSÃO, DE APROXIMAÇÃO, DE DIÁLOGO, DE ATENÇÃO, DE ESCUTA AO DIFERENTE E SOBRETUDO GESTOS DE CUIDADO E DE MISERICORDIA para com a vida do meio ambiente e para com a vida dos vulneráveis, dos semelhantes que são apenas diferentes, dos empobrecidos e dos excluídos.

Estamos vivendo num mundo dividido em dois espaços, dois lugares que convivem ao mesmo tempo: ilhas, condomínios ricos e imensas periferias e bolsões de pobreza. Convivemos conjuntamente porém de forma bem diferentes entre dois grupos: Os poucos e pequenos grupos enriquecidos e a imensa maioria das populações empobrecidas. Fingimos que não estamos vendo e nos iludimos pensando de que não somos parte de uma única família humana vivendo numa única casa comum que recebemos de presente para ser cuidada e administrada com responsabilidade. Ainda não entendemos que somos diferentes sim, porém desiguais não.

Tanto a campanha da fraternidade assim como o ano da Misericórdia proclamado pelo Papa Francisco nos convoca e chama a todas as pessoas de boa vontade para construirmos um mundo sem muros e a sermos pontes, mediadores (as) da justiça, da misericórdia, da paz e da fraternidade entre as pessoas e nas diferentes situações.
Em relação ao Planeta nossa casa comum também somos responsáveis pelo seu cuidado e pela sua justa administração para que tenhamos um espaço e um lugar de paz e garantido às futuras gerações condições dignas para o bem viver.

Os agentes, as pessoas de boa vontade que trabalham, acompanham e caminham juntos com os migrantes e refugiados também são profetas da paz e presença que une e que cuida da vida. Devemos fortalecer cada dia mais esta convicção e este grupo que acredita no futuro com dignidade, justiça e segurança para todos.

Que seja esta a agenda e o objetivo de todos os foros, seminários, encontros, cúpulas...sobre o desenvolvimento sustentável a partir deste momento. É tarefa, é missão de todos dos governos, das sociedade civil e dos migrantes e refugiados. Todos estamos navegando no mesmo e único barco comum, todos estamos em movimento no planeta terra e todos somos migrantes nesta única casa comum, rumo a morada definitiva. Ou nos salvaremos juntos ou sucumbiremos de igual modo.

Neste sentido creio que algumas perguntas são importantes
Como flexibilizar as fronteiras e pensarmos numa cidadania universal?
Como repensar o conceito de soberania nacional em base ao respeito dos direitos humanos?
Como construir acordos trabalhistas de cooperação entre os Países de origem e destino?
Como desenvolver mecanismos regionais e plurilaterais de cooperação migratória e investimentos em estruturas de produção e trabalho nos Países empobrecidos pelas multinacionais e governos “centrais”?
Como fortalecer os processos de diálogo regionais e internacionais já existentes e criar novos?

Toda crise deve ser contextualizada para que não fiquemos apenas nas suas conseqüências negativas. Ao entendermos suas causas no seu contexto, a crise se transforma numa oportunidade positiva possibilitando mudanças estruturais e assim, a vida ganha qualidade e sentido. Neste momento crítico não podemos esquecer o pano de fundo da instabilidade econômica mundial, a violência das guerras do tráfico e do terrorismo e o desequilíbrio climático causado pelos humanos. Devemos enfrentar a crise neste contexto para não correr o risco de buscar falsas soluções em base a uma visão fragmentada e reducionista da realidade.

O esforço e a participação para responder a estas perguntas seria o caminho para consolidar as sociedades democráticas, livres e justas que foram construídas em séculos de história. Não podemos permitir que um pequeno grupo de egoístas e de violentos destrua o planeta e pisem na historia. Não podemos deixar que o medo, a violência e os muros superem a força e a energia do amor, da confiança, da paz, da justiça, da misericórdia e do amor que existem no coração da natureza e da grande maioria dos seres humanos.

Todos podemos fazer algo e isso faz a diferença. Critique participando das soluções.

Pe. Mário Geremia CS – Missionário Scalabriniano.



 miguelimigrante.blogspot.com

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