O Museu da
Imigração, no bairro paulistano da Mooca, abriu espaço para que mulheres
refugiadas e migrantes no Brasil contem suas histórias e possam se expressar
por meio da arpillera, uma técnica de bordado em tecidos de juta). Em
entrevista à repórter Sarah Quine, da TV
Brasil, a diretora-executiva do museu, Marília Bonas, conta como o trabalho
ajuda as mulheres. "É uma técnica muito especial e importante, que está
sendo usada em terapia ocupacional, na psicologia e na ressocialização. Além
disso, é uma oportunidade de contar determinadas histórias que não são fáceis
de verbalizar."
Dos grupos que
participaram da oficina de bordado, destacam-se mulheres que vieram de países
como Síria, Angola e Nepal, além de integrantes da ONG Presença Latina.
A arpillera é um bordado que se popularizou
durante a ditadura do Chile, quando as mulheres denunciavam nas peças as
violências do regime de Pinbochet. No Brasil, a técnica foi resgatada por
imigrantes chilenas, que mantiveram o uso de temáticas políticas e sociais nos
trabalhos. "Nós só contamos o que acontece na comunidade e denunciamos a
condição do refugiado e imigrante", afirma Oriana Jara Maculet, presidente
da ONG Presença Latina.
A exposição "Do
retalho à trama: costurando memórias imigrantes" vai até maio. O Museu da
Imigração fica na rua Visconde de Parnaíba, 1316, no bairro da Mooca, região
leste da capital. A entrada custa R$ 6, e aos sábados é gratuita.
RBA
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