terça-feira, 29 de março de 2016

‘Todos ganhamos’: A história de dois refugiados empreendedores no Chile

Husam e Andrés são dois refugiados com uma realidade comum: ambos tiveram que abandonar seus países de origem porque suas vidas corriam perigo. Hoje vivem em Santiago, no Chile, onde puderam refazer suas vidas e empreender um negócio próprio.


Husam é de origem palestina e com um grande sorriso no rosto conta como sua vida mudou desde que teve que deixar seu país, em 2003. Por outro lado, Andrés, outro refugiado, mas de origem colombiana, entristece-se quando relata o quão difícil foi sair de seu país e chegar sozinho a um lugar desconhecido.
Seus países de origem estão respectivamente no Oriente Médio e na América Latina, com idiomas e costumes muito diferentes.

Entretanto, Husam e Andrés apresentam uma realidade comum: ambos tiveram que abandonar seus países porque suas vidas corriam perigo. Hoje vivem em Santiago, no Chile, na América do Sul, onde puderam refazer suas vidas e empreender um negócio próprio.
Husam, sua esposa Hadil e seus dois filhos, todos eles de origem palestina, viviam como refugiados no Iraque e tiveram que partir novamente porque a guerra da Síria chegava até a fronteira de onde estavam, no acampamento de Al-Tanf, localizado no meio do deserto e onde viviam há dois anos, junto com outros 1,3 mil refugiados palestinos entre 2003 e 2010.

Segundo o relatório “World at War” do ACNUR, que descreve as tendências globais do deslocamento forçado em 2014, existem 97.235 refugiados palestinos sob o mandato da Agência da ONU para Refugiados.
Andrés foi forçado a deixar sua cidade porque grupos armados não oficiais mataram seu irmão em 2007. Ele e sua família estavam sendo ameaçados e perseguidos na Colômbia e não puderam ficar mais no país, que vive um conflito interno armado há mais de 50 anos.
De acordo com o relatório do ACNUR mencionado acima, há no mundo 103.150 refugiados colombianos e 6.004.151 deslocados internos, configurando a maior crise humanitária da América Latina.

“O que aconteceu com o meu irmão foi a raiz da insegurança que nós vivíamos. A questão da segurança em meu país é grave. É precário. Lá as pessoas tem que sair e deixar tudo para traz. Isso foi o que aconteceu com a gente”, descreveu Andrés.
“Você tem que dar uma parte do seu salário, chamam isso de ‘vacina’. Meu irmão trabalhava como motorista de ônibus e como em uma ocasião não quis pagar, essa decisão lhe custou a vida”.


Acnur

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