quarta-feira, 16 de março de 2016

Imigrantes são atendidos pela rede estadual de ensino

Bolivianos, haitianos, sírios e russos. Estas são as nacionalidades de imigrantes atendidos na rede estadual de ensino em Mato Grosso este ano. A estimativa é que o número de alunos chegue a 500, o dobro recebido em 2015 - ano em que a Secretaria de Estado de Educação Esporte e Lazer (Seduc) iniciou o atendimento das especificidades deste público.
A procura por vagas na rede vem aumentando gradativamente. Em 2014, a Seduc registrou acréscimo devido a chegada de imigrantes para trabalhar em obras da Copa do Mundo. Já em 2015, mais 155 haitianos – que representam a maioria dos alunos estrangeiros - se inscreveram nas unidades escolares.

Para todos os novos estudantes estrangeiros, a adaptação à Língua Portuguesa é o primeiro desafio a ser vencido. Em geral, são necessários três meses para que os estudantes consigam se comunicar em português, o que vem exigindo das equipes pedagógicas uma preparação especial para garantir aos estudantes estrangeiros um bom acolhimento e a efetiva inserção na comunidade escolar, nas unidades estaduais e nos Centros de Educação de Jovens e Adultos de Barra do Garças, Cárceres, Cuiabá, Colíder, Lucas do Rio Verde, Sorriso e Várzea Grande.

O secretário ajunto de Política Educacional da Seduc, Gilberto Fraga de Melo, explica que apesar de matricular os estudantes, até o início dessa gestão, as escolas realizavam um atendimento precário. Por isso, a matriz curricular nos EJAs e Cejas com alunos imigrantes foi adaptada e as salas ganharam a presença do intérprete.

O secretário destaca que o bom atendimento realizado pela Seduc já garantiu o ingresso de imigrantes no Ensino Profissionalizante ou Superior, por meio do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem).

Política Estadual

Ainda em 2016, o acolhimento aos alunos estrangeiros será aperfeiçoado e contará com um planejamento amparado na Política Estadual para Educação da População Imigrante. Mas algumas ações previstas neste plano já acontecem nas escolas, como a presença dos intérpretes.

Outra ação de inclusão da Seduc é a busca ativa de alunos oriundo da Bolívia. Para Melo, apesar da proximidade entre os países, é preciso lembrar que os bolivianos são estrangeiros e devem ter o mesmo tratamento destinado aos demais imigrantes. 

O Documento 
miguelimigrante.blogspot.com

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