Em primeiro lugar, temos
muito a agradecer pelas contribuições recebidas desde o mês de agosto/2015.
Elas são fundamentais não apenas para nosso sucesso no relançamento do Boletim
SPM Informa, como também em nosso esforço para dar a ele uma cara mais próxima
a das muitas equipes e agentes da Pastoral dos Migrantes espalhados pelo
Brasil, e que prestam todos os dias o Serviço Pastoral junto aos migrantes.
Todas
as informações sobre as atividades desenvolvidas e enviadas por vocês enchem a
gente de sonhos e esperanças, revelam a potencialidade das ações coletivas e
também nos possibilitam refletir sobre as dificuldades enfrentadas, sobre o que
é necessário fortalecer para que possamos ter mais coesão e incidência ao nosso
trabalho. Esse contato mais frequente com as equipes tem enchido a mente de
muitos, contudo, de desejo e curiosidade por saber mais como são as realidades
locais, que problemas e alegrias cotidianos têm sido enfrentados, tem
despertado em muitos a vontade de ouvir casos como se estivéssemos a beira de
um velho fogão. Para além das atividades que estão sendo organizadas, tudo o
que vocês vêm contribuindo nos despertou a vontade de saber mais como é o dia a
dia de vocês, que pessoas atendem, como isso acontece. Queremos que vocês
contem suas histórias e aquelas que escutam: atenderam um caso de trabalho
escravo e encontraram uma pessoa em frangalhos, superexplorada e entristecida;
um camponês derrubou uma cerca na luta em sua comunidade pelo acesso à água; a
comunidade paraguaia organizou uma reza e conversando em Guarani; alguém se
lembrou de uma história importante, que nos ajuda pensar como as migrações
mudaram e como ainda queremos que elas mudem... etc. Enfim, contem suas ricas
histórias pra nós, para que possamos compartilhar com todos. O que queremos com
esse Boletim é mais do que o excesso de informação vazia que a sociedade de
massas pode nos oferecer. O que queremos é lembrar que pra viver, agir e pensar
sobre nossa experiência, o que temos de melhor são as experiências dos outros,
lembrar que aprendemos com a experiência dos outros e só conversando, trocando,
intercambiando-as é que podemos transformar nosso jeito de fazer as coisas e com
ele o mundo a nossa volta. Assim, esperamos de vocês, além das importantíssimas
notícias que nos têm enviado, histórias que podem ser escritas como se fossem
casos, como se fossem cartas. Notícias, mas notícias do dia a dia, porque não é
apenas nas atividades, também importantes, que o trabalho pastoral se constrói:
é em cada visita, em cada conversa, em cada luta. Podem ser histórias vividas
por você ou que escutou dos seus companheiros. E não precisa ter medo se tiver
dificuldades em escrever um texto de romancista: ouvir as vozes da terra é o
que mais desejamos agora. Qualquer ajuda para viabilizar isso, entrem em
contato com a gente. Agradecemos muito as ajudas que já nos têm dado.
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Serviço Pastoral do Migrante
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