segunda-feira, 21 de dezembro de 2015

Ban Ki-moon: ‘2015 será lembrado como um ano de sofrimento humano e tragédias com os migrantes’


“2015 será lembrado como um ano de sofrimento humano e tragédias com os migrantes”. A declaração, feita pelo secretário-geral da ONU, marca o Dia Internacional dos Migrantes em 2015 celebrado nesta sexta-feira (18). A data, este ano, honra as 5 mil vidas perdidas de mulheres, homens e crianças durante as difíceis travessias em busca de proteção e uma vida melhor.

“No Dia Internacional dos Migrantes, devemos nos comprometer com respostas coerentes, abrangentes e baseadas nos direitos humanos, guiadas por leis e normas internacionais e por uma vontade comum de não deixar ninguém para trás”, disse Ban.

A data é celebrada todos os anos em 18 de dezembro como um lembrete da Convenção Internacional sobre a Proteção dos Direitos de Todos os Trabalhadores Migrantes e dos Membros das suas Famílias adotada em 1990 pela Assembleia Geral da ONU. Vinte e cinco anos após sua criação, no entanto, apenas um quarto dos Estados-membros da ONU assinaram ou ratificaram o tratado.

Além de incentivar a adesão dos países à Convenção, o chefe da ONU pediu a expansão de canais seguros para a migração regular, incluindo a reunificação familiar, a mobilidade de trabalhadores em todos os níveis profissionais e maiores oportunidades de reassentamento e educação para crianças e adultos.

“Nos últimos 12 meses, mais de 5 mil mulheres, homens e crianças perderam suas vidas em busca de proteção e uma vida melhor. Outras dezenas de milhares foram explorados e abusados por traficantes de seres humanos. E milhões foram transformados em bodes expiatórios e tornaram-se alvos de políticas xenófobas e de retórica alarmista”, disse.

Destacando aspectos positivos, o secretário-geral sublinhou que, com a adoção da Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável, a comunidade internacional deu um passo à frente para proteger os direitos laborais dos migrantes, combater as redes de tráfico humano e promover a migração e a mobilidade regular.

Em seu pronunciamento, o presidente da Assembleia Geral da ONU, Mogens Lykketoft reafirmou que a migração não é um fenômeno novo e que migrantes em todo o mundo fizeram contribuições fundamentais para o desenvolvimento socioeconômico em países de origem, trânsito e destino.

O representante ainda instou a comunidade internacional a responder às causas dos deslocamentos forçados, incluindo ações específicas para pôr fim aos conflitos, além de trabalhar para acabar com a discriminação em todas as suas formas.


Para marcar a data este ano, a Organização Internacional para as Migrações está organizando uma vigília mundial para lembrar os refugiados e migrantes que tragicamente perderam suas vidas este ano.

Onu

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