sábado, 22 de março de 2014

UE: Discriminação é o principal obstáculo para encontrar emprego

Um estudo revelado hoje indica que a discriminação racial e religiosa é o principal obstáculo para os imigrantes não europeus encontrarem emprego na Europa, uma situação que se agravou com a crise económica. Portugal não é exceção.
De acordo com o Diário de Notícias, o estudo, elaborado pela Rede Europeia Contra o Racismo, revela que em Portugal a taxa de desemprego dos imigrantes não comunitários atingiu os 21 por cento.
São quatro pontos percentuais acima da taxa de desemprego nacional e seis pontos acima da taxa dos imigrantes oriundos de países que integram a União Europeia (UE).
São dados que constam deste estudo feito com base nas queixas de ciganos, negros, muçulmanos, migrantes não europeus e mulheres de origens minoritárias que vivem na Europa.
Um estudo que, segundo o DN, revela ainda que em Portugal há falta de dados sobre a discriminação racial e religiosa no emprego e que na candidatura a um emprego, o envio de uma fotografia como é exigido por muitas empresas, leva a que na maioria das vezes o candidato sendo imigrante não europeu ou pertencente a uma minoria seja rejeitado. Ocaso dos ciganos é apontado como exemplo.
Este estudo mostra ainda que à queixa sobre a dificuldade de acesso ao emprego, soma-se ainda, em Portugal, queixas relativas ao aluguer de casas ou queixas relativas a escola.
Ainda assim, o maior problema diz respeito às queixas relativas à atuação das forças policiais. São elas o maior alvo de reclamações na Comissão para a Igualdade e contra a discriminação racial. O DN diz que no ano passado houve 19 queixas contra as forças policiais, a maioria das quais apresentadas por ciganos e brasileiros, logos seguidos pelos ucranianos e os romenos.
Ao todo, este estudo revela dados sobre 23 países da União Europeia.
Em todos foram apresentadas queixas relativas a discriminação como maior obstáculo para os trabalhadores não comunitários encontrarem emprego na Europa. Uma situação que se agravou com a crise económica e que reforçou a desigualdade no desemprego entre os imigrantes e o resto da população.
Diferenças entre cidadãos que atingem maior expressão na Finlândia e na Bélgica, onde as taxas de desemprego são três vezes mais elevadas para os nascidos fora da UE do que para a população local.

 TSF NOTICIAS 

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