Segundo o Escritório de Imigração e Alfândegas, no ano fiscal 2013, o país deportou 368.644 imigrantes
ilegais.
Coalizões de defesa
dos imigrantes nos Estados
Unidos calculam que nesta segunda-feira se chegou ao número de dois milhões de
deportações durante o mandato deBarack Obama, a quem pediram que
detenha estas expulsões.
·
"Estamos aqui para denunciar o ataque a nossa comunidade com as
deportações maciças: são duas milhões de pessoas que foram deportadas",
declarou Angélica Salas, diretora-executiva da Coalizão pelos Direitos Humanos
dos Imigrantes de Los Angeles (CHIRLA).
Salas explicou que
hoje se completa esse número, segundo os números que CHIRLA recopilou com a
Imigração e autoridades fronteiriças.
Segundo o Escritório
de Imigração e Alfândegas (ICE), dependente do Departamento de Segurança
Nacional, no ano fiscal 2013, que concluiu no último dia 31 de outubro, o país
deportou 368.644 imigrantes ilegais.
Dito número é inferior
em 30.941 à média dos três anos fiscais anteriores, nos quais os números de
deportados foram de 409.849 pessoas em 2012, 396.906 em 2011 e 392.000 em 2010.
Neste ano fiscal,
segundo a CHIRLA, foram deportados cerca de 170.000 imigrantes.
"Estamos pedindo
a nosso governo que proteja nossas famílias, que não as ataque desta maneira
tão cruel", acrescentou Salas, ao explicar que na sexta-feira, em reunião
com o presidente, fez esta reivindicação diretamente a Obama.
Segundo contou a
ativista, o presidente "se comprometeu a trabalhar conosco, da mesma forma
que o secretário de Segurança Nacional, Jeh Johnson, para dar uma solução para
esta situação".
"Mas para nós
tem que ser algo que tenha prioridade e o que queremos são resultados porque
tivemos muitas promessas", lembrou.
Olga Cordero explicou
que está há mais de 26 anos vivendo nos Estados Unidos, onde lutou por um
"melhor futuro" para seus quatro filhos, todos eles cidadãos
americanos. "Eu não tenho voz, mas eles têm voto por mim", declarou.
Por carecer de status
migratório legal, sobre sua família pesa todos os dias a ameaça de uma possível
deportação, explicou.
Por isso, Olga pediu
a Obama "que ponha a mão no coração" e detenha as deportações.
Para a ativista da
CHIRLA Isabel Medina não é justo que os políticos "esperem até as eleições
para regular este sistema de imigração que não funciona".
"Eu votei no
presidente Obama. Eu tinha fé e acreditava nele, mas isso agora mudou",
explicou a imigrante.
Yolanda Muñiz contou
que votou duas vezes em Obama, por acreditar "em suas palavras de ajuda à
comunidade imigrante", mas manifestou que agora se sente enganada e que
está "disposta a votar em quem apresentar soluções".
Para Salas, o apoio ao Partido Democrata que grupos defensores dos
imigrantes demonstraram até agora pode mudar e "essa é a razão pela qual
na Califórnia muitas pessoas estão se registrando como independentes".
Opera Mundi
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