terça-feira, 8 de outubro de 2013

Democracia Magistrados Europeus defendem novas regras para a imigração

O organização Magistrados Europeus para a Democracia e as Liberdades (MEDEL) apelou hoje para que sejam criadas regras de imigração "claras e justas", salientando que a União Europeia e o mundo precisam de evitar tragédias como a de Lampedusa.
"Esta semana, a Europa testemunhou a tragédia a desenrolar-se a poucos metros da sua costa, na ilha de Lampedusa", Itália, refere a MEDEL em comunicado, frisando que no preâmbulo da Carta dos Direitos Fundamentais da UE, é dito "claramente que a UE baseia-se nos valores indivisíveis e universais da dignidade do ser humano, da liberdade, da igualdade e da solidariedade”.
"É hora de a UE provar que estas não são palavras vazias de sentido. Milhares de seres humanos sofrem às portas da Europa e não podemos permanecer passivos, observando que o "foco da política europeia de imigração não deve ser exclusivamente a segurança, mas também – e principalmente – as razões humanitárias".
Para os magistrados que compõem a MEDEL, "a morte de refugiados que tentam alcançar a União Europeia é o resultado direto da política de cerco da Europa contra refugiados e imigrantes. Para realmente abordar este problema pode ser necessária uma revisão muito abrangente desta política".
Nesse sentido, requerem uma mudança fundamental da lei de imigração e de refugiados, sendo necessário, designadamente auxiliar os imigrantes a alcançar a Europa, não apenas garantindo navios seguros para cruzar o Mediterrâneo.
"Devem ser tomadas medidas para assegurar que os refugiados tenham acesso à educação e formação profissional que são indispensáveis para integrar as sociedades europeias de alta tecnologia e os seus mercados de trabalho, desse modo garantindo que os refugiados não dependerão exclusivamente dos sistemas de proteção social", defende a MEDEL, pedindo uma "ação conjunta" de todas as nações civilizadas do mundo.
Para a MEDEL, presidida pelo procurador-geral adjunto António Cluny, tal ação deve ser acompanhada pelo "esforço ativo de ajuda ao desenvolvimento dos países de origem e pela repressão eficaz de todos os tipos de tráfico de seres humanos".
Assim, para promover o respeito pelos direitos humanos - independentemente de raça, nacionalidade ou cidadania - a MEDEL apela às instituições da UE e aos Estados membros para "agirem imediatamente", definindo regras "claras ejustas" que previnam tragédias como a de Lampedusa.


Portugal minuti

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