A economia estagnada não foi suficiente para impedir que o valor enviado
por imigrantes no Brasil para o exterior batesse um novo recorde.
Em 2014, ele chegou a US$ 1,2 bilhão, crescimento
de 29% sobre os US$ 937 milhões do ano anterior, segundo dados do Banco Central.
O número cresce constantemente há uma década, com
uma pequena queda apenas em 2011, e caminhava para um novo recorde já em setembro do ano passado.
O crescimento reflete dois fenômenos: o primeiro é
a chegada de mais imigrantes ao Brasil, atraídos pelo baixo desemprego e a boa
situação econômica pré-2011.
Os 80 mil bolivianos no país são uma das principais
fontes das remessas - o dinheiro daqui é responsável por 7,6% de tudo que o
país recebe do exterior nessa modalidade, de acordo com o BC local.
O governo brasileiro também tem promovido políticas
específicas para a população imigrante, como a inclusão em programas sociais e a concessão de vistos especiais para haitianos .
Segundo dados da agência da ONU para Refugiados, o
Acnur, o número de pedidos de refúgio ao Brasil aumentou quase 1.000%, de 566
para 5.256, só entre 2010 e 2013
O segundo motivo para o crescimento nas remessas é
que uma parte maior delas está sendo contabilizada, graças a uma maior
participação de empresas como Western Union e outras corretoras menores no
processo.
O Banco Central só registra os recursos enviados de
forma oficial, o que tende a ganhar importância em relação a outras técnicas
mais rudimentares como envio por carta.
O dinheiro que os imigrantes brasileiros fora do
país enviam para cá ainda é maior, mas teve queda: de US$ 1,94 bilhão em 2013
para US$ 1,91 bilhão em 2014.
Exame
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