sexta-feira, 6 de fevereiro de 2015

DIGA NÃO AO ABANDONO DOS HAITIANOS EM SÃO PAULO E SIM POR UMA GESTÃO MIGRATÓRIA!

A porta de entrada de muitos haitianos para o Brasil continua sendo o Acre. São aqueles que não conseguem o visto nos consulados brasileiros de Porto Príncipe ou de outras cidades. Estes acabam confiando em "coyotes" que, recebendo em média 4/5 mil dólares, os levam até a fronteira com o Brasil.
Em abril de 2014, a cheia do Rio Madeira isolou um grande grupo de haitianos e algumas centenas de senegaleses. Ao todo, eram quase 2 mil pessoas sem condições de prosseguir a viagem. Diante disso, o Governo do Acre, com o apoio do Governo Federal ajudou, transferindo-as de ônibus até São Paulo. A cheia do rio Madeira terminou, porém a transferência de Haitianos do Acre para São Paulo continua até hoje.
Esta ação que, num primeiro momento, pode ser considerada como humanitária pelo fato de ajudar os haitianos (e outros) a se deslocarem do Acre para São Paulo e outras regiões,  transforma-se num drama pela falta de gestão e coordenação eficazes por parte do Governo Federal. Parece não existir diálogo entre as diferentes esferas (Federal, Estadual e Municipal). Se o poder público planeja uma ação de transferência de imigrantes deve incluir também o destino como parte do planejamento. Desde abril de 2014 até hoje os imigrantes que chegam na rodoviária Barra Funda encontram a ausência de informações. Não há um ponto que gerencie a chegada deles à capital paulista.

Diante desta situação a Missão Paz pede:

° Um ponto de informação e orientação na Barra Funda (São Paulo), enquanto persistir esta ação de transferência de um estado para outro.

° A disponibilização de mais vagas para acolhida de imigrantes e refugiados, através da criação de mais abrigos específicos ou reservando parte dos abrigos da prefeitura só para imigrantes, pois estes necessitam de atenção específica.

° Emissão da carteira de trabalho no local de entrada (Acre), visto que existe uma demora de emissão das carteiras de trabalho em São Paulo.

Para a criação de uma política migratória, baseada em direitos humanos, superando a atual "política" emergencial e fragmentária.



Missão Paz 

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