O governo suíço
apresentou nesta quarta-feira um projeto de lei para limitar a imigração
proveniente da União Europeia, após a medida ter sido aprovada num referendo,
mas disse estar buscando formas de negociar com o bloco europeu de modo a não
violar certos tratados, incluindo aqueles que estabelecem a livre movimentação
de pessoas.
A proposta de lei
surge após um bem-sucedido referendo lançado pelo Partido do Povo Suíço (SVP),
de direita, com a meta de estabelecer cotas de imigração. A medida recebeu forte
oposição do governo, assim como de banqueiros, farmacêuticos e profissionais de
outras indústrias que dependem fortemente da contratação de trabalhadores
qualificados da UE.
A Suíça corre o
risco de violar tratados bilaterais, incluindo aqueles sobre a livre
movimentação de pessoas e trabalhadores entre o país e a UE.
O governo planeja
estabelecer limites anuais para o número de pessoas permitidas a se mudar para
trabalhar na Suíça, disse a presidente do país, Simonetta Sommaruga, sem dar
mais detalhes.
Segundo o projeto,
os empregadores são obrigados a dar preferência a suíços na contratação de
funcionários, embora deva haver exceções no caso de certas funções que se
mostrem comprovadamente difíceis de preencher.
"A UE espera
que a Suíça honre as obrigações derivadas desse acordo (de livre movimentação
de pessoas)", disse a porta-voz da UE, Maja Kocijancic.
Estrangeiros
compuseram mais de 24 por cento da população suíça no fim de 2013, uma das
maiores proporções entre países ocidentais, diante dos 15 por cento registrados
há 30 anos.
Reuter
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