No ano passado, 1.192 estrangeiros residentes no Brasil
receberam a nacionalidade brasileira. Até junho deste ano, dos 859 pedidos de
naturalização recebidos pelo Ministério da Justiça, 701 foram concedidos. O
número vem aumentando nos últimos anos.
O
Brasil trata a nacionalidade não só como direito fundamental interno, mas como
direito humano, já que, sem ela, o indivíduo se vê privado do direito a ter
direitos. De acordo com o secretário Nacional de Justiça, Paulo Abrão, o Brasil
é receptivo com os estrangeiros. Nos últimos anos, houve uma elevação de 50% no
número de estrangeiros no país. “Estamos revendo a legislação para que direitos
possam ser garantidos de forma mais ágil e efetiva”, informou. “Sem
nacionalidade, não é possível exigir direitos, cumprir deveres ou contar com a
proteção diplomática, disse o secretário.
A
nacionalidade de um indivíduo pode ser originária ou adquirida. A primeira
resulta do nascimento e a segunda da mudança ou da aquisição de outra
nacionalidade. O pedido deve ser encaminhado pelo estrangeiro que mora no país
para o Ministério da Justiça, por meio do Departamento de Estrangeiros da
Secretaria Nacional de Justiça.
O
inglês Chistopher McPherson, jogador de hóquei na grama, conseguiu sua
nacionalidade brasileira em abril deste ano. No Brasil há mais de quatro anos e
casado com uma brasileira, ele viu na naturalização a oportunidade de fazer
parte da seleção brasileira.
Seu
processo demorou pouco mais de dois anos. Ele deu entrada no Departamento da
Polícia Federal de Porto Alegre, onde mora. Em dezembro de 2012, recebeu a
visita de agentes da Polícia Federal, procedimento padrão para a obtenção da
nacionalidade. Depois o processo seguiu para o Ministério da Justiça, quando é
disponibilizado para acompanhamento online. “O mais difícil foi saber onde
buscar cada documento da lista”, declarou Christopher.
Na
seleção brasileira de hóquei na grama, há ainda brasileiros nascidos no
exterior. “O esporte ainda está se desenvolvendo no Brasil, por isso a seleção
tem alguns ‘gringos’, mas só eu sou naturalizado”, afirmou. Em 2016, por ser o
país sede, o Brasil vai competir nesse esporte pela primeira vez nas
Olimpíadas.
Tipos de naturalização
No
Brasil, existem três tipos de naturalização: a comum, que pode ser concedida ao
estrangeiro residente no Brasil há quatro anos; a extraordinária, com trâmite
mais simples e rápido, destinada aos estrangeiros que vivem no Brasil há mais
de quinze anos, e a provisória, destinada ao estrangeiro que chegou ao Brasil
durante os primeiros cinco anos de vida. Nesse caso, depois de atingida a
maioridade, o titular poderá confirmar a intenção de continuar brasileiro.
O
estrangeiro que tenha interesse em se tornar um cidadão brasileiro, desde que
preencha os requisitos, deve se dirigir ao Departamento de Polícia Federal mais
próximo ao local de residência. É exigida uma série de documentos e o
interessado deve sabe ler e escrever a língua portuguesa.
Para
os estrangeiros originários de países de língua portuguesa, é exigida apenas a
residência no Brasil por um ano ininterrupto e idoneidade moral. Nesse caso, o
pedido pode ser feito através de carta registrada ou Sedex, na Polícia Federal
ou diretamente no Ministério da Justiça.
A
partir de julho deste ano, os certificados de aquisição da nacionalidade
brasileira e de igualdade de direitos civis e políticos aos imigrantes de
origem portuguesa são assinados pelo ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo.
O certificado é produzido em papel moeda e segue especificações de segurança da
Casa da Moeda.
Pedidos de naturalização
recebidos pelo Ministério da Justiça de 2007 a 2013
Estatuto da Igualdade
Os
brasileiros em Portugal e os portugueses no Brasil, se beneficiam do Estatuto
da Igualdade, que garante os mesmos direitos e deveres dos nacionais desses
países, graças ao Tratado de Amizade, Cooperação e Consulta entre Brasil e
Portugal, celebrado em Porto Seguro em 22 de abril de 2000.
Os benefícios do Estatuto da Igualdade não são automáticos, só são atribuídos aos brasileiros e portugueses que o solicitem, sejam civilmente capazes e tenham residência permanente no país, por decisão do Ministério da Justiça, no Brasil, e do Ministério da Administração Interna, em Portugal.
Os benefícios do Estatuto da Igualdade não são automáticos, só são atribuídos aos brasileiros e portugueses que o solicitem, sejam civilmente capazes e tenham residência permanente no país, por decisão do Ministério da Justiça, no Brasil, e do Ministério da Administração Interna, em Portugal.
Dos
341 pedidos de igualdade de direitos recebidos pelo Ministério da Justiça até
junho deste ano, 239 foram concedidos.
Pedidos de igualdade de
direitos recebidos pelo Ministério da Justiça de 2007 a 2013
Agência MJ de Notícias
(61) 2025-3135/3315
acs@mj.gov.br
www.justica.gov.br
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