“Todos os sírios que solicitem um pedido de asilo
na Suécia vão obter essa autorização”, indicou à agência noticiosa AFP Annie
Hornblad, porta-voz da instituição, ao sublinhar que a Suécia é o primeiro país
da UE a reavaliar a situação.
“A Agência de migrações tomou agora esta decisão
por considerar que a violência na Síria não vai terminar num futuro próximo”,
acrescentou.
A decisão é válida até nova ordem, precisou Hornblad.
Até ao momento, a instituição podia conceder um
asilo temporário de três anos, após uma avaliação da situação individual dos
requisitantes.
A Suécia já concedeu, desde 2012, cerca de 14.700
pedidos de asilo a cidadãos sírios. Cerca de metade obteve autorizações
provisórias.
A Agência admite que “uma grande maioria das
pessoas provenientes da Síria que hoje possuem uma autorização provisória vão
solicitar uma autorização permanente”, referiu a porta-voz.
Os detentores de uma autorização permanente são os
únicos a poder solicitar o reagrupamento familiar.
O ministro das Migrações, Tobias Billstrom,
congratulou-se com a decisão da Agência e apelou para uma tomada de consciência
global.
“Nenhum outro conflito no mundo é hoje tão
terrível, sangrento e prolongado como o conflito sírio. Isto deveria fazer
refletir muitas personalidades políticas no interior e no exterior da UE, sobre
a responsabilidade que temos face aos nossos semelhantes”, afirmou em
declarações ao jornal Aftonbladet.
Em 2012, a Suécia recebeu o número mais elevado de
pedidos de asilo desde 1992, quando decorria o conflito na ex-Jugoslávia,
designadamente com um afluxo de 8.000 sírios.
O Instituto nacional de estatística da Suécia (SCB)
recenseou em 2012 perto de 44.000 pedidos por parte de cidadãos de 130 países,
mais 48% em comparação com 2011.
Nenhum comentário:
Postar um comentário