Os ministros de
Interior e Justiça da União Europeia (UE) se reunirão de forma extraordinária
no próximo dia 14 em Bruxelas para debater a crise migratória e a questão dos
refugiados.
"A situação do
fenômeno migratório dentro e fora da União Europeia recentemente adquiriu
proporções inéditas. A fim de avaliar a situação, as ações políticas que estão
sendo tomadas e para abordar os próximos passos para reforçar a resposta
comunitária, o ministro luxemburguês de Imigração e Asilo, Jean Asselborn,
decidiu convocar um Conselho extraordinário de ministros de Interior e Justiça
da UE", declarou o governo luxemburguês neste domingo.
Na reunião, a
Agência de Controle de Fronteiras Exteriores (Frontex) da UE e o Escritório
Europeu de Apoio ao Asilo (EASO) informarão os ministros comunitários sobre os
fluxos migratórios. Depois, os titulares de Interior e Justiça se centrarão em
analisar a programação de trabalho, em particular a política de deportações, a
cooperação internacional e as medidas para prevenir o tráfico de pessoas.
Asselborn convocou
o conselho extraordinário depois que os ministros de Interior de França,
Alemanha e Reino Unido, Bernard Cazeneuve, Thomas de Maizière e Theresa May,
pediram à presidência luxemburguesa de turno que organizasse tal encontro por
conta da chegada excepcional de imigrantes e pessoas que solicitam asilo no
território comunitário.
Os ministros
reivindicaram a reunião para poder assim "preparar as decisões
eficazmente" do próximo conselho ordinário de Justiça e Interior que será
realizado nos dias 8 e 9 de outubro "e avançar concretamente em diferentes
pontos".
Os representantes
dos três países destacaram a necessidade de tomar medidas imediatas para fazer
frente ao desafio que constituem estes fluxos migratórios. Em particular, salientaram
a urgência de instalar o quanto antes centros na Itália e na Grécia que
permitam registrar os imigrantes na base Eurodac e identificar os que têm
"necessidade de proteção".
Além disso, pediram
o estabelecimento de uma lista de nações de origem segura para poder completar
o regime comum europeu de asilo, proteger os refugiados e garantir a
efetividade das deportações dos imigrantes ilegais a seus países.
Asselborn afirmou
que até a realização do conselho extraordinário em 14 de setembro ele
continuará suas visitas e contatos e preparará a reunião com total participação
dos parceiros da UE e as instituições comunitárias.
Efe
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