Há pouco mais de 40 dias, a Agência do
Trabalhador de Cascavel não está mais contratando estrangeiros após restrições
impostas por frigoríficos e empresas que solicitavam a seleção de vagas.
De
acordo com a gerente da Agência do Trabalhador, Maristela Becker, a queda nas
ofertas tem ocorrido gradativamente nas últimas semanas.
“A última vez que houve uma contratação em
massa foi há cerca de 40 dias para o município vizinho de Toledo. Foram 40
oportunidades preenchidas por haitianos, mas esta semana já recebemos a notícia
que haverá cortes. Infelizmente a média de vagas ofertadas caiu de 500 para
180”, explica.
Ainda
segundo a gerente, as empresas não querem mais contratar estrangeiros, uma vez
que teria diminuído a rotatividade de funcionários.
“A alegação é que a crise tem gerado cortes
e por isso, estão evitando contratar estrangeiros. Na semana passada tivemos 20
vagas para desossador, antes eram 100 por dia. Hoje praticamente zerou”,
acrescenta Becker.
Construção civil
Na
semana passada a agência oferecia 188 oportunidades de emprego com carteira
assinada, deste total quatro eram para a construção civil, dias para pedreiro e
duas para servente.
“Além dos frigoríficos, a construção civil
também não está mais contratando estrangeiros. Além da restrição não temos
vagas disponíveis e todos estão preocupados. Os haitianos, por exemplo, são os
primeiros a chegar pela manhã na agência e falar que não têm vaga e que está
cada dia pior”, lamenta.
Quem
procura pelo primeiro emprego também está sofrendo com a falta de
oportunidades. As grandes redes de supermercados que antes ofereciam postos
diariamente, também reduziram consideravelmente.
“Não temos vagas para supermercados e era um
setor que sempre dava oportunidade para o jovem aprendiz, ou seja, o primeiro
emprego para quem está entrando no mercado de trabalho. O setor parou de
contratar empacotadores e auxiliares”, frisa Bercker.
Com informações de Eliane Alexandrino
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