A
emigração judaica da América Latina a Israel aumentou 7% em 2015 em relação ao
ano passado, informou à Agência Efe a Agência Judaica, que destacou
especialmente o aumento no número de brasileiros.
"Notamos
um aumento da imigração latino-americana. De janeiro a julho chegaram 109
pessoas, 35 procedentes do Brasil, 29 da Argentina, 11 do Uruguai, nove do
Peru, cinco do Chile e três da Colômbia", explicou Yigal Palmor, porta-voz
da Agência Judaica.
O
caso de maior destaque é o do Brasil, que viu sua emigração para Israel crescer
cerca de 50% nos últimos anos.
Em
2012 emigraram para Israel 191 brasileiros, no ano seguinte o número subiu para
205 e em 2014 chegou a 276, assinalou Palmor, dados que, segundo ele, parecem
mostrar uma tendência crescente consolidada.
Os
motivos para os judeus americanos decidirem emigrar são várias, entre elas a
crise econômica e a insegurança, mas, para Palmor, "o relevante é que
escolham Israel".
"Os
brasileiros poderiam ir para muitos outros lugares, mas escolhem Israel porque
existe um laço muito forte cultural e, em alguns casos, religioso que os une ao
país", afirmou.
A
Agência Judaica, responsável pela imigração de judeus do mundo todo, não
pergunta aos recém-chegados suas motivações para emigrar, por isso não há dados
nesse sentido, mas acredita ser, em geral, uma mistura de perseguir o sonho
sionista clássico e outras aspirações e motivações pessoais, como mudar de vida
e ter novas oportunidades.
"Escolher
Israel como país em que quer desenvolver sua vida e dar oportunidades a seus
filhos pode ser definida como uma (escolha) sionista porque expressa uma fé no
futuro deste país e mostra o vínculo íntimo que existe" entre o Estado e
os judeus, acrescentou.
A
Agência Judaica apoia a integração dos recém-chegados com diversos programas,
desde um curso de hebraico intensivo para imigrantes até empréstimos com
condições especiais para estudar, comprar uma casa ou estabelecer um negócio.
Embora
não haja números concretos, especialistas estimam que cerca de 15% dos novos
imigrantes, que recebem o passaporte israelense após comprovar que têm pelo
menos um avô judeu, retornam aos seus países ou procuram outro destino após
algum tempo.
Em
2014, 26.429 imigrantes judeus chegaram a Israel, número bastante superior ao
do ano anterior, quando foram 19.012.
"Está
claro que os ataques antissemitas que aconteceram aqui influenciaram no
sentimento de insegurança dos judeus, por exemplo o da França, mas há outras
considerações pessoais, econômicas, de falta de oportunidades, religiosas, para
se reunir com sua família aqui, como o sentimento de voltar à terra ancestral
ou o desejo de viver em um país onde a cultura majoritária é a judaica",
disse Palmor.
Epoca
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