De Veneza a Palermo, milhares de italianos saíram às ruas nesta
sexta-feira (11) para a Marcha das Mulheres e dos Homens Descalços,
manifestação que cobrou da Europa corredores humanitários e um acolhimento
digno para vítimas de guerras.
Em
Veneza, uma delegação de cerca de 20 pessoas recebeu autorização para caminhar
sobre o tapete vermelho do festival de cinema que acontece na cidade, que na
sua abertura já havia presenciado um acalorado debate sobre imigração.
Enquanto
isso, uma multidão aguardava do lado de fora do local que recebe a mostra. Ao
todo, o protesto reuniu aproximadamente 1 mil indivíduos na cidade. Na capital
Roma, esse número foi de 2 mil.
"É
importante dizer que a marcha ocorreu em 71 cidades. Ainda que tenha sido
promovida por personagens do espetáculo, não é uma autocelebração, mas sim um
pedido para sairmos da fortaleza na qual estamos trancados na Europa e
interromper a tragédia dos mortos", declarou o cineasta Andrea Segre, um
dos idealizadores da iniciativa.
Entre
os municípios que realizaram manifestações estão Palermo, na Sicília - região
de destino de muitos imigrantes que cruzam o Mediterrâneo -, Florença, Mântua e
Bari. Segundo a Organização Internacional para as Migrações (OIM), desde o
início do ano, 121.139 solicitantes de refúgio chegaram à Itália pelo Canal da
Sicília.
Jornal do Brasil
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