A diretora-geral da Organização da
ONU para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO), Irina Bokova, afirmou que
a promoção da diversidade cultural também é forma de responder aos ataques extremistas na Síria e no Iraque em
abertura do Seminário Internacional Cultura e Desenvolvimento, no Cine Odeon,
Rio de Janeiro. O seminário comemorou os 10 anos da Convenção sobre a Proteção
e Promoção da Diversidade das Expressões Culturais e os 70 anos da UNESCO, que
realizou o evento em parceria com o Ministério da Cultura do Brasil. A
celebração aconteceu entre os dias 21 e 23 de setembro.
“Quando a cultura está sob ataque, um
modo de responder é promover ainda mais a diversidade cultural, incentivando a
criação e o trabalho dos artistas, deixando que a criatividade aflore como uma
força de dignidade, resiliência e desenvolvimento”, afirmou Bokova.
A Convenção sobre a Proteção e
Promoção da Diversidade das Expressões Culturais foi adotada em Paris,
considerando que a pluralidade da cultura, sendo patrimônio da humanidade, deve
ser preservada e valorizada. O ministro da Cultura, Juca Ferreira, presente no
seminário, comentou que os ataques à cultura e ao patrimônio histórico da Síria
e do Iraque são sem precedentes e destacou o papel do Brasil na aprovação da
Convenção. Para ele, a Convenção é “um dos acordos mais importantes desde a
queda do muro de Berlim”.
Para o ministro da cultura, há uma
atitude violenta e hostil em relação aos refugiados. Bokova acrescentou: “Quero
ser bem clara desde o princípio: proteger e promover a diversidade cultural é
mais que uma questão cultural. É uma questão de cidadania. É uma questão de
valores humanos, uma questão central da dignidade e do desenvolvimento humanos”.
Unesco
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