O ministro das Relações Exteriores da Itália, Paolo Gentiloni,
reconheceu nesta quinta-feira (22) que terroristas podem se aproveitar dos
fluxos de imigração para entrarem no país. A Itália recebe diariamente barcos
com centenas de imigrantes africanos que tentam chegar à Europa através da ilha
de Lampedusa, no Mar Mediterrâneo.
"Felizmente, nossos aparatos de segurança estão em alerta e
funcionam. Mas isso não significa que podemos reduzir o grau de
preocupação", disse o chanceler italiano, que participa de uma cúpula em
Londres sobre o grupo extremista Estado Islâmico (EI, ex-Isis). Ele também
admitiu que o governo italiano irá analisar, "caso apareçam
propostas", leis de viagens perigosas. "É preciso ter muita clareza
nas regras, indicações e proibições, já que, ao fim, o Estado precisa
interferir para salvar seus cidadãos", comentou Gentiloni. Nesta
quinta-feira, a Itália prendeu um albanês de 30 anos no aeroporto de Catania,
por porte de documentos falsos. De acordo com a polícia, o albanês carregava um
pen-drive com uma foto de uma AK-47 e documentos de várias nacionalidades. Ele
tinha se apresentado no check-in para um voo para Bucareste com seus documentos
originais. Mas, ao passar pelo embarque, dirigiu-se a um vôo para Londres. Ele
tinha a passagem para a capital britânica, a qual foi comprada com documentos
falsos. A Itália elevou seus esquemas de segurança após os atentados em Paris
contra o jornal satírico "Charlie Hebdo" e contra um mercado judaico,
os quais provocaram a morte de 17 pessoas.
Jornal do Brasil
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