A política de imigração nos Estados
Unidos levanta "preocupações", incluindo "maus tratos nas
fronteiras, detenção desnecessária e penas injustas que separam as
famílias", denuncia a organização Human Rights Watch, defendendo uma "reforma
urgente".
No relatório divulgado hoje, a organização de defesa dos direitos
humanos insta o Presidente Barack Obama e o Congresso americano a agirem
"para acabar com" as violações de direitos dos imigrantes, que
levantam "grandes preocupações".
O plano de ação da Administração Obama, adotado em novembro, deixa
algumas questões de fora, nomeadamente a "deportação sumária" e a
"prisão preventiva", que penalizam os imigrantes condenados por
crimes menores, alerta a Human Rights Watch.
"Milhões de pessoas estão sujeitas a duras e injustas leis e
práticas de imigração, que exigem reforma", insta a organização, realçando
que "as políticas de deportação em massa dos anos recentes forçaram
centenas de milhares de famílias a separarem-se".
De acordo com o relatório, "cerca de 50 mil pais de crianças
nascidas nos Estados Unidos são detidos e deportados anualmente".
A Human Rights Watch critica Obama por não ter resolvido o "número
crescente de ações federais por entradas e reentradas ilegais".
O novo Congresso, saído das eleições intercalares de novembro passado, é
uma "oportunidade para os legisladores avançarem numa reforma da imigração
que respeite os direitos de todos", considera a organização, sublinhando
que "a Administração Obama e o Congresso têm que fazer muito mais para
defender os direitos dos migrantes e das suas famílias".
RTP
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