sábado, 10 de janeiro de 2015

Human Rights Watch defende "reforma urgente" da política de imigração nos EUA

A política de imigração nos Estados Unidos levanta "preocupações", incluindo "maus tratos nas fronteiras, detenção desnecessária e penas injustas que separam as famílias", denuncia a organização Human Rights Watch, defendendo uma "reforma urgente".
No relatório divulgado hoje, a organização de defesa dos direitos humanos insta o Presidente Barack Obama e o Congresso americano a agirem "para acabar com" as violações de direitos dos imigrantes, que levantam "grandes preocupações".
O plano de ação da Administração Obama, adotado em novembro, deixa algumas questões de fora, nomeadamente a "deportação sumária" e a "prisão preventiva", que penalizam os imigrantes condenados por crimes menores, alerta a Human Rights Watch.
"Milhões de pessoas estão sujeitas a duras e injustas leis e práticas de imigração, que exigem reforma", insta a organização, realçando que "as políticas de deportação em massa dos anos recentes forçaram centenas de milhares de famílias a separarem-se".
De acordo com o relatório, "cerca de 50 mil pais de crianças nascidas nos Estados Unidos são detidos e deportados anualmente".
A Human Rights Watch critica Obama por não ter resolvido o "número crescente de ações federais por entradas e reentradas ilegais".
O novo Congresso, saído das eleições intercalares de novembro passado, é uma "oportunidade para os legisladores avançarem numa reforma da imigração que respeite os direitos de todos", considera a organização, sublinhando que "a Administração Obama e o Congresso têm que fazer muito mais para defender os direitos dos migrantes e das suas famílias".

 RTP

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