A polícia de Cosenza, província italiana que investiga o abandono do
cargueiro Ezadeen em pleno Mar Mediterrâneo, afirmou que os atravessadores
responsáveis por levar os 359 imigrantes sírios ilegais na embarcação faturaram
uma quantia de até US$ 3 milhões com a operação. O navio foi encontrado à
deriva na sexta-feira, após um sinal de socorro.
Segundo Luigi Ligori,
chefe da polícia de Cosenza, cada imigrante pagou entre US$ 4 mil e US$ 8 mil
para ser levado no Ezadeen, que de fachada servia como transporte de gado. A
quantia pode ser inclusive pequena se comparada ao do cargueiro Blue Sky M,
encontrado com 796 clandestinos na terça-feira e atracado no porto de
Gallipoli. São mais de 300 pessoas de diferença, e o valor mínimo para embarque
foi de US$ 4.500, segundo o jornal italiano "La Repubblica".
O "La
Repubblica" revelou que, no caso do Blue Sky M, os coiotes chegaram a usar
um imigrante como capitão do navio, prometendo que ele seria levado com a
família e ainda pago em US$ 15 mil. Sarkas Rani, de 36 anos, relatou ter levado
a própria bússola após ser requisitado para operar o cargueiro, e que traçou
sua rota até a Itália.
Comissário de
migração da União Europeia, Dimitris Avramopoulos prometeu que o bloco se
esforçará para lutar contra a ação dos coiotes.
- Atravessadores
estão encontrando novas rotas para a Europa e empregando novos métodos para
explorar pessoas desesperadas - admitiu.
Agencia Globo
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