O governador Tião Viana se dirigiu ao município de
Brasileia na manhã deste sábado, 12, para acompanhar de perto o
encerramento das atividades do abrigo para imigrantes que atravessaram a
fronteira do Brasil por meio da cidade de Assis Brasil. Desde 2011, o abrigo
recebeu mais de 20 mil estrangeiros, haitianos em sua grande maioria, além de
diversas nacionalidades africanas. Agora, os 700 que ainda habitavam o espaço
foram transferidos a um novo abrigo, localizado em Rio Branco.
Foi um momento de bastante emoção. O governador
esteve pessoalmente acompanhando os trabalhos de transferência e foi recebido
de forma muito calorosa pelos estrangeiros, que cantarolaram canções de rituais
religiosos e se amontoavam para cumprimentar e agradecer o governador pela oportunidade,
já que, além da transferência para a capital, os imigrantes estão sendo
encaminhados a Porto Velho, via voos fretados pelo governo do Estado.
“Sei que essa é uma nova etapa na vida de vocês. O
Brasil foi formado por muitas pessoas, de vários povos, e, por isso, vivemos
uma democracia racial. Temos muita solidariedade com os povos africanos e sul
caribenhos. Assim, queremos um mundo de igualdade para todos vocês. Sejam
felizes nessa nova jornada”, disse o governador Tião Viana para os imigrantes,
além de novamente cobrar atitudes mais energéticas do Ministério das Relações Exteriores perante a
delicada questão.
Segundo o secretário de Justiça e Direitos Humanos, Nilson Mourão, o
abrigo fechará definitivamente no domingo, quando todos os imigrantes serão
transferidos ao Parque de Exposições, que contará com uma estrutura maior e
mais digna. “Já há orientação na fronteira de Assis Brasil com o Peru para que
os estrangeiros não venham a Brasileia, mas direto a Rio Branco, onde terão
estrutura de documentação e serviços para prosseguirem sua viagem”, conta o
secretário. Hoje, cerca de 30 imigrantes chegam à fronteira por dia, a média
era de 100 estrangeiros diariamente.
Entre os imigrantes que vieram ao Brasil atrás de
uma nova opção de vida está o senegalês Abdil Latlat MBacké, 25. Casado e
afirmando ser neto do maior líder espiritual do Senegal, Abdil veio sozinho e
não fala uma palavra em português, ainda assim pediu ajuda de um companheiro
dominicano para agradecer o governador em poucas palavras: “Muito obrigado pela
ajuda do Acre”.
Agencia Noticias Acre
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