Além da questão financeira, Ratha acrescentou que
os imigrantes dão mão-de-obra, conhecimento, ideias, pagam impostos e “coisas
bonitas como a diversidade gastronómica, as cores e a música”
Os mais de 200 milhões de migrantes por todo o mundo enviam para casa anualmente cerca de 500 mil milhões de dólares (360 mil
milhões de euros), segundo Dilip Ratha, diretor de remessas e migração do Banco
Mundial.
Em entrevista à agência EFE, Ratha lamentou o
crescente sentimento contra os imigrantes, referindo que o “principal desafio
da migração nestes tempos é ser considerada como uma ameaça à soberania,
identidade nacional e cultura nacional".
O autor do primeiro índice global de remessa
criticou a “perceção” de que os estrangeiros chegam aos países para ficarem com
os trabalhos dos locais e considerou que o aumento do número de deportações
espelha o crescente sentimento contra os imigrantes.
O responsável lembrou que os "migrantes enviam
cerca de 500 mil milhões de dólarespara casa e poupam outros 500 mil milhões nos países de destino, ao pouparem cerca
de um quinto do seu salário”, comentou.
Além da questão financeira, Ratha acrescentou que
os imigrantes dão mão-de-obra, conhecimento, ideias, pagam impostos e “coisas
bonitas como a diversidade gastronómica, as cores e a música”.
"O Produto Interno Bruto produzido pelos
migrantes nos países desenvolvidos poderia tornar uma nação na sexta maior economia do mundo", contabilizou.
Segundo os dados mais recentes do Banco Mundial, as
remessas para os países em
desenvolvimento subiram 7,8% e em 2016 espera-se que
cheguem aos 516 mil milhões de dólares (371 mil milhões de euros).
Os dados indicam como principal recetor de remessas
a Índia, seguindo-se China, Filipinas e México.
Uma em cada sete pessoas no mundo é migrante internacional ou interno, ao
deslocar-se dentro do seu próprio país.
Jornal I
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