Autoridades da República
Dominicana repatriaram neste sábado 15 haitianos que estavam ilegalmente no
país e que foram detidos ao passar pela fronteira da província de Dajabón.
Autoridades do Serviço de
Imigração e do 10º Batalhão do Exército da República Dominicana na região da
fronteira dominicana-haitiana informaram que os imigrantes foram detidos quando
cruzavam as cercas dos postos de Cañango e Copey, entre as províncias de Dajabón
e Montecristi. Os repatriados são 12 homens e três mulheres. Muitos deles
tinham documentos de identidade dominicana falsificados.
Antes de serem devolvidos,
os haitianos tiveram os documentos verificados na presença do cônsul do Haiti
em Dajabón, Noel Lukmen, e de representantes de organismos de direitos humanos
e da sociedade civil dos dois países. Em declarações à imprensa local, o cônsul
disse que não houve irregularidades nem violações dos direitos fundamentais na
ação.
Durante o processo, os
imigrantes revelaram que retornaram voluntariamente ao Haiti por não ter
conseguido aderir ao Plano de Regularização de Estrangeiros, que expirou em 17
de junho. Eles pretendiam conseguir as certidões de nascimento e cédulas para
conseguir o visto e retornar de maneira legal ao território dominicano.
No entanto, membros de
"redes mafiosas", que operam no Haiti, ofereceram documentos
idênticos aos que estão expedidos pelas autoridades dominicanas a estrangeiros
e que pareciam ser legítimos.
"Paguei o equivalente a
quase US$ 600 (R$ 2.089) a dois haitianos que vivem em Cap-Haitien. Fizeram
todos os trâmites e me deram o visto dominicano, mas agora vejo que é
falso", disse, chorando, uma haitiana do grupo de imigrantes ilegais.
Terra
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