O governo britânico endureceu ainda mais o tratamento dos imigrantes em
situação irregular na Inglaterra e no País de Gales. Se forem pegos trabalhando
nessas duas regiões, os imigrantes clandestinos poderão ser condenados a pena
de até seis meses de prisão e pagamento de multa de valor ilimitado. Os
empregadores também serão punidos.
Pubs, lojas e restaurantes de entrega a domicílio,
onde é comum encontrar imigrantes trabalhando de forma irregular, poderão ser
fechados e seus donos processados por infração à legislação. As medidas foram
anunciadas em um comunicado pelo secretário de Estado da Imigração britânico,
James Brokenshire. Além da condenação à pena de prisão e ao pagamento de multa,
os clandestinos poderão ter os salários confiscados pelas autoridades.
Em seu comunicado, o secretário da Imigração
dirige-se diretamente aos imigrantes dizendo que se eles "estão no país
ilegalmente, o governo tomará medidas para impedi-los de trabalhar, alugar um
apartamento, abrir uma conta em banco ou dirigir".
Imigração legal é problema para Cameron
No início de agosto, o premiê David Cameron havia
anunciado que os proprietários de imóveis que alugassem para clandestinos
poderiam ser condenados à prisão.
Uma nova lei sobre a imigração, ainda mais dura,
está em elaboração no governo britânico e deverá ser apresentada ao Parlamento
em outubro. A repressão aos clandestinos acontece por um lado porque o governo
não consegue combater a imigração legal. Os partidos de extrema-direita
aproveitam a brecha para vender a falsa ideia de que os britânicos enfrentam a
concorrência dos clandestinos no mercado de trabalho.
Em 2014, 318.000 trabalhadores estrangeiros legais,
por exemplo, vindo de outros países da União Europeia, chegaram ao Reino Unido,
representando um aumento de 50% em relação ao ano anterior. Desde 2010, Cameron
promete, sem sucesso, limitar a imigração no Reino Unido.
AFP
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