A Comissão Europeia está considerando a hipótese de
estabelecer centros de migração em países que não fazem parte da União Europeia
para processar pedidos de asilo antes que os cidadãos estrangeiros entrem no
bloco.
Em matéria publicada nesta quinta-feira, o The Guardian
informou que a nova manobra tem como objetivo reduzir o grande fluxo de
imigrantes sem documentos na Europa. Segundo dados da agência Frontex, 276 mil pessoas entraram ilegalmente em
países-membros da UE no ano passado, o que representa um aumento de 155% em
relação a 2013.
De acordo com Dimitris Avramopoulos, comissário da União
Europeia responsável por questões ligadas à imigração, os escritórios do bloco
encarregados desse serviço seriam instalados principalmente em países
emergentes como Egito, Turquia, Líbano e Níger, de onde partem grandes
contingentes de migrantes em busca de uma vida melhor no Velho Continente.
A notícia sobre a nova estratégia da UE para combater as
tentativas ilegais de imigração foi divulgada um dia depois da ocorrência de
mais um triste episódio envolvendo cidadãos africanos que tentavam chegar à
Europa através do Mar Mediterrâneo. Na última quarta-feira, as autoridades
italianas informaram que pelo menos dez pessoas morreram durante uma grande
travessia irregular da Líbia à Itália. Segundo a guarda costeira, um dos botes
utilizados pelos migrantes acabou virando de cabeça para baixo no meio do
trajeto, matando seus passageiros. No entanto, outros 941 migrantes foram
resgatados a tempo pela Marinha e levados para o sul da Itália.
Sputnik
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