segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

Relatório britânico defende migrações planejadas


A falta de políticas e estratégias para lidar com os migrantes climáticos deve fazer com que as pessoas fugindo de áreas afetadas por fenômenos como secas ou enchentes acabem indo para regiões ainda mais desfavoráveis para a sobrevivência.

É a conclusão apresentada pelo relatório “Migration and Global Environmental Change”, produzido a pedido do governo britânico e divulgado em Dezembro.

“Milhões vão migrar para áreas que não estão preparadas para acomodar tanta gente. Nos países em desenvolvimento, acreditamos que as grandes cidades receberão o maior número de migrantes, agravando problemas de saúde pública e de moradias em locais de alto risco”, afirmou John Beddington, conselheiro cientifico do Reino Unido.

Os pesquisadores estimam que entre 114 milhões e 192 milhões de pessoas devem se deslocar para os grandes aglomerados urbanos na África e na Ásia até 2060.

Porém, o relatório britânico afirma que as migrações não deveriam ser consideradas apenas um problema, mas sim como uma das soluções para melhorar a vida das pessoas.

“Transportar os atingidos por fenômenos climáticos para novos locais é uma das saídas para a adaptação ao aquecimento global. Deveríamos planejar as migrações de uma forma proativa, criando a infraestrutura necessária para receber as milhões de pessoas que terão que abandonar seus lares”, concluiu Neil Adger, da Universidade de East Anglia.


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