quarta-feira, 23 de novembro de 2011

terrorismo de direita atacará imigrantes



Os extremistas de direita estão se preparando para uma guerra racial, advertiu nesta segunda-feira (21) o Serviço Policial de Segurança da Dinamarca, PET. Mas, antes disso, eles pretendem liquidar os seus adversários políticos – aqueles que consideram estar á esquerda do espectro político europeu.

O Serviço de Segurança PET chegou a esta conclusão no seu informe anual, que acaba de ser publicado. A força motriz dos extremistas é uma fortíssima xenofobia – o temor de estrangeiros e imigrantes, segundo os policiais.

A percentagem total de imigrantes, juntamente com a segunda e terceira gerações, chega na Dinamarca a 9,8%, sendo apenas um terço deles pessoas oriundas da Europa Ocidental. A população muçulmana da Dinamarca é heterogênea no plano cultural.

Alguns deles assimilam a cultura e o modo de vida ocidental, enquanto que outros preferem seguir antigas tradições. Mas tanto uns, como outros, especialmente as mulheres jovens e trabalhadores qualificados, concorrem normalmente às vagas de trabalho.

Nos últimos anos, o índice de criminalidade entre os descendentes de imigrantes de segunda e terceira gerações baixou para quase o nível de criminalidade entre os dinamarqueses considerados nativos.

Existe mais um fator que irrita bastante os terroristas de direita e seus simpatizantes – os chamados “convertidos”. Às vezes nas ruas pode-se encontrar mulheres de pele clara e olhos azuis, - dinamarquesas - vestindo “hijab” e trajes muçulmanos. Os homens dinamarqueses que adotaram o islã também não são poucos, mas não saltam tanto à vista.

Tudo isso enerva e irrita os terroristas de direita. A polícia local acredita que isso os leva a tomar "ações decididas" contra os que consideram alheios ao país.

Os terroristas mais perigosos, de acordo com o relatório, são os chamados “terroristas solitários”, dos quais faz parte Anders Breivik, o terrorista norueguês de direita – autor do assassinato de 77 pessoas e dos ferimentos a 158 outros noruegueses.

O Serviço Policial de Segurança afirma que existe o risco de semelhantes atos serem copiados na Dinamarca. Os partidos nacionalistas e de direita na Dinamarca se posicionam a favor de um controle sobre os cidadãos para monitorar todos os grupos políticos do país.

Outros partidos consideram que a solução do problema não está em intensificar o controle. "Se intensificar permanentemente o controle, ele pode agravar a polarização da sociedade. Devemos resistir ao extremismo mediante a democratização ainda maior da sociedade", declarou Jeppe Mikkelsen, presidente do Parlamento e encarregado das questões da ordem legal por parte do Partido Venstre.

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