quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Cerca de 400 mil foram barrados na União Europeia em 2010



Um relatório divulgado nesta segunda-feira, 21 de novembro, pelo Migreurop revela que cerca de 400 mil pessoas foram impedidas de entrar na União Europeia no ano passado. O documento também alerta para os riscos da terceirização dos serviços de controle das fronteiras do bloco.
O Migreurop, entidade que reúne mais de 40 associações europeias e africanas que militam pelos direitos dos imigrantes, analisou a atividade de portos e aeroportos dos países que constituem as principais fronteiras da Uniao Europeia, além de vizinhos como Marrocos e Turquia. De acordo com o estudo, das mais de 393 mil pessoas barradas às portas da União Europeia em 2010, cerca de 336 mil tentaram entrar no velho continente por via terrestre, mais de 50 mil foram impedidas nos aeroportos e quase 7 mil ficaram bloqueados nas fronteiras marítimas.
O relatório, intitulado “Às margens da Europa”, se interessou principalmente pelo destino dos imigrantes barrados na fronteira da Turquia com o Irã e aos “passageiros clandestinos” descobertos em navios da marinha mercante. A entidade dá o exemplo da cidade de Van, na fronteira entre a Turquia e o Irã, onde milhares de refugiados e imigrantes barrados nas portas da União Europeia ficam durante semanas em acampamentos a céu aberto, vigiados por empresas privadas que nem sempre respeitam a legislação em vigor.
A instituição informa que desde os atentados de 11 de setembro de 2001 nos Estados Unidos as políticas de imigração se tornaram mais rígidas e é cada vez maior o número de países que contratam empresas privadas para vigiar suas fronteiras e expulsar os clandestinos. Uma prática contestável, segundo a Migreurop, que explica que esse tipo de serviço deve ser realizado pela polícia.

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