segunda-feira, 21 de novembro de 2011

Funcionários da construtora Vértice que realiza obra em São Roque (SP) denunciam as péssimas condições de alojamento que estão vivendo


Funcionários da construtora Vértice denunciaram as péssimas condições em que estão alojados na obra de reforma e ampliação da Emef Tetsuo Chinone, no bairro Paisagem Colonial, em São Roque.
Estivemos no local nesta manhã de 2ª. feira, e ouvimos alguns funcionários sobre as condições em que estão vivendo nos alojamentos improvisados na própria escola, mas a denúncia não para por aí.
Nossa reportagem conversou com Roberto Luiz de Santana, 26 anos recrutado na Bahia para vir trabalhar na obra.
Segundo ele: “A Construtora Vértice pagou a passagem para vinda de sete trabalhadores daquele estado para trabalhar na construção. Foi prometido aos pedreiros o piso salarial da categoria, que é de R$ 1.086,00, mais uma complementação salarial que seria paga por fora do registro em carteira. Sendo que o salário total seria de aproximadamente R$ 2.000,00. Já para os ajudantes fora prometido o piso salarial da categoria, que é de R$ 908,00, mais um complementação que comporia um salário de R$ 1.200,00. Ainda segundo este mesmo funcionário a empresa oferecia além do salário, horas extras e moradia em casas que seriam alugadas pela construtora para abrigar os funcionários. Chegando aqui ficaram sabendo que seriam contratados de uma empresa terceirizada, cujo responsável seria uma pessoa de nome Ildo. Alega também que desde que chegaram na obra no dia 01/11, ainda não tiveram suas carteiras de trabalho registradas e consequentemente, não receberam seus salários, já que segundo o funcionário a promessa era de pagamento quinzenal. Relatou também a nossa reportagem que na última semana o funcionário de nome Ricardo de Lima, adoeceu e teve que voltar para Bahia com recursos da sua própria família”.
Enquanto nossa reportagem estava no local, chegou uma comissão de vereadores da Câmara Municipal de São Roque, composta por Tio Milton, Etelvino Nogueira, Rodrigo Nunes e João Paulo de Oliveira. Após a chegada desta comissão pudemos constatar as precárias condições que os funcionários são alojados. Para se ter uma idéia, onde funciona a cozinha existe um banheiro dentro, os outros banheiros existentes são de madeirite, e estão distantes do local de pernoite dos empregados. O alojamento do pessoal é feito no antigo prédio da escola, em salas mal ventiladas e que abrigam até 11 funcionários. O esgoto corre a céu aberto o que torna o cheiro do local insuportável. Encontramos também vários pombos mortos no terreno, o que segundo os funcionários; foi resultado de uma limpeza feita na semana passada no telhado do prédio onde funcionam os alojamentos. Enquanto estávamos no local dois funcionários da Prefeitura foram ao local.

O Outro Lado
O coordenador de obras da Construtora Vértice, Hamilton Ferreira, contatou nossa reportagem dizendo que as denúncias não procediam, e que os trabalhadores não eram funcionários de uma empresa terceirizada e sim da própria construtora. Quanto aos salários reclamados negou o atraso, e disse que os trabalhadores não haviam recebido, por não tem completado o mês trabalhado. Já quanto aos condições de alojamento disse que a Construtora estaria providenciando hoje mesmo a remoção dos empregados para casas que estariam sendo alugadas próximo a escola que está sendo reformada.
Um outro detalhe que achamos interessante colocar aqui é com relação a responsabilidade da administração municipal que acompanha o andamento da obra; será que os funcionários da prefeitura que visitam o local com freqüência não tomaram conhecimento destas irregularidades?

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