quarta-feira, 2 de novembro de 2011
Imigrantes contra Suiça
Os imigrantes de países muçulmanos exigem que seja mudada a bandeira nacional da Suíça. Muitos especialistas notam que isto pode ser o pico do problema da imigração na Europa Ocidental, onde se torna cada vez mais forte a influência dos partidos de direita.
Os muçulmanos suíços consideram que a cruz branca contra o fundo vermelho é ofensiva para eles como para os não-cristãos. Na opinhão deles é necessário fazer a bandeira da Suíça verde-amarelo-vermelho, como ela era cerca de duzentos anos atrás. Anteriormente, eles pediram permissão para construir minaretes adicionais nas mesquitas existentes, mas receberam uma recusa das autoridades suíças. A iniciativa actual parece ainda mais absurda. E é muito provavel, na realidade ela não reflete os sentimentos reais entre os imigrantes. Simplesmente alguém provoca deliberadamente a Suíça, disse na entrevista à Voz da Rússia o especialista russo para a Europa Ocidental, Vladislav Belov:
Esta é uma provocação dum determinado grupo de imigrantes ou, digamos, da parte muçulmana da população tanto da Suíça como de outros países. Porque esta é mais um motivo para o Partido Popular de ultra-direita para chamar atenção dos cidadãos para o fato de que os muçulmanos, que exigem tais coisas, são elemento estranho na Confederação Suíça. Notamos, que o Partido Popular em 23 de outubro ganhou a maioria nas eleições para a câmara baixa do parlamento.
Há muitas razões por que a Europa agora não está pronta para acabar com a imigração. Antes de mais nada, porque a região precisa da força de trabalho. Mas as relações entre os países e os imigrantes podem ser ajustadas, disse na entrevista à Voz da Rússia o especialista para os problemas da França, Yuri Rubinsky:
A situação demográfica na Europa condena-a para importar a força de trabalho dos países onde é muito alta. Até meados do século na Europa não faltarão dezenas de milhões de trabalhadores. Regulação dos fluxos migratórios tem sido objecto de legislação em todos os países, e agora o problema fica ainda por resolver – está ao nível da UE.
Entretanto em muitos países europeus estão ganhando cada vez mais força os conservadores e até nacionalistas. Um quarto do parlamento suíço é ocupado por representantes do Partido Popular, o qual manifesta-se a favor da limitação da imigração. Os partidos de direita também receberam um número significativo de votos nas eleições recentes na França, Finlândia, Alemanha, Áustria, e Polónia. Antes tolerante, a Europa manifesta-se cada vez mais frequentemente contra os migrantes.
A crise de multiculturalismo ficou evidente no meio deste ano. A chanceler alemã, Angela Merkel, disse que essa política fracassou totalmente. O presidente francês Nicolas Sarkozy também admitiu que ela não trouxe resultados positivos na França. E o primeiro-ministro britânico David Cameron propôs a recusar-se da tolerância passiva inerente à política de multiculturalismo. A propósito, os motins de agosto em Londres também várias vezes foram ligados aos problemas de imigração. E na primavera quase eclodiu um conflito na ilha italiana de Lampedusa, aonde clandestinamente chegaram de mais de 20 mil refugiados da Líbia e Tunísia. E foi pela primeira vez que os países da UE categoricamente se recusaram a ajudar a Itália e não aceitaram refugiados no seu território.
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