segunda-feira, 14 de novembro de 2011

Imigrantes contribuem para a prosperidade suíça


A Suíça é um destino atrativo para os trabalhadores dos países da OCDE - Organização de Cooperação e Desenvolvimento Econômico, segundo um estudo sobre imigração.

A imigração na Suíça está acima da média da OCDE e foi qualificada de "boa nova" para o país.

A estatísticas comparativas apresentadas em Paris demonstram que, em 2006, um total de 86.300 migrantes chegaram à Suíça e obtiveram uma autorização de residência de mais de un ano.
Foi um crescimento de 10% comparado ao ano anterior, muito maior do que a média da OCDE (5%).

"Crescimento contínuo"

"É uma notícia muito boa. O crescimento sustentado da economia suíça não teria sido possível nos últimos anos sem a imigração, principalmente de profissionais capacitados da Europa e de ultramar", afirma à swissinfo Kurt Rohner, vice-diretor da Secretaria Federal de Migrações.
"A maioria dos estrangeiros vem para a Suíça para trabalhar. Não viriam se houvessem empregos disponíveis. Se a economia decrescer, a afluência de novos residentes cessará".
Especialista em migração da OCDE, Thomas Liebig concorda com Rohner. "Em muitos países da OCDE, a migração e a mobilização de recursos nacionais teve um papel importante para suprir a demanda do mercado de trabalho.
Se o crescimento da imigração na Suíça procedente dos países da OCDE está no mesmo nível desde 2001, ela compensa a fraca evolução estatística da mão-de-obra doméstica, sublinha o estudo.
A população ativa suíça cresceu 8%, mas sem a imigração o crescimento seria de 3%.

" Tentamos tornar o mercado laboral o mais razoavelmente flexível. "

Migração temporal

A Suíça também está entre os líderes em migração sazonal. Em 2006, quase 117 mil pessoas vieram trabalhar na Suíça por tempo limitado. É seis vezes mais do que outros países da OCDE, em comparação com suas populações.
O estudo indicou também que 70% dos imigrantes chegaram à Suíça devido o acordo de livre circulação de pessoas entre a Suíça e a União Européia.
Na Áustria, Bélgica, Dinamarca e Alemanha, a proporção de imigrantes da EU foi de 50% e de apenas 20% na França, Itália e Portugal.
O relatório da OCDE destacou que os países-membros devem adaptar melhor suas políticas migratórias para a provável demanda futura de trabalhadores em todos os setores de suas economias, abrindo progressivamente seus mercados aos trabalhadores pouco ou muito qualificados.
"Estou otimista porque a política laboral suíça leva em conta essa noção. Tentamos tornar o mercado de trabalho razoavelmente flexível, atraindo especialmente trabalhadores qualificados da EU e especialistas de outros países", afirmou Rohner.
"Não necessitamos de uma legislação adicional, por exemplo, para os trabalhadores sazonais. O mais importante, contudo, é que a Suíça mantenha sua atratividade como país de negócios e bom lugar para viver."
Acrescentou que a nova lei federal dos estrangeiros, em vigor desde o início deste ano, enfatiza a integração dos estrangeiros que já residem na Suíça e dos futuros imigrantes. "A lei reconhece, portanto, que necessitamos de estrangeiros, especialmente para o bem-estar atual e futuro de nosso país e de nossa economia", concluiu Rohner.

, Robert Brookes

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