terça-feira, 8 de novembro de 2011
A extrema-direita está a crescer em toda a Europa
Um estudo da British thinktank Demos revela que os seguidores de grupos radicais de extrema-direita estão a crescer de forma preocupante em toda a Europa através das redes online.
Um estudo elaborado por políticos e académicos, reunidos em Bruxelas para analisar o fenómeno da extrema-direita na Internet, revelou que o radicalismo está a crescer em toda a Europa, a um ritmo alarmante, através de uma nova geração de jovens que usa cada vez mais as redes online para aderir à causa nacionalista.
Segundo avança o jornal britânico "The Guardian", a investigação foi feita pela British thinktank Demos, que pela primeira vez analizou comportamentos de apoiantes online de movimentos de extrema-direita, e revelou uma crescente adesão dos jovens europeus a movimentos nacionalistas. Segundo o estudo, os jovens revelam-se cada vez mais criticos para com os seus governantes e União Europeia, estando profundamente preocupados com o futuro e identidade cultural, bem como com o crescimento da imigração e o alastrar da influência islâmica na Europa.
O estudo adianta que está a crescer na Europa um forte sentimento contra os imigrantes e, especialmente, uma enorme desconfiança em relação aos muçulmanos. Os partidos que difundem ideias xenófobas, anti-imigração e anti-islamitas, estão a espalhar-se para fora dos seus terrenos tradicionais em França, Itália ou Austria e a conquistar países tradicionalmente mais liberais como a Holanda ou a Escandinávia, tendo agora significativas representações parlamentares nesses países.
Conforme explica o "The Guardian", a investigação da British thinktank Demos revela que a identidade nacional preocupa os jovens porque é praticamente ignorada pelos partidos tradicionais, com representação parlamentar, alertando para que o número crescente de adesões às ideias de extrema-direita ultrapassa largamente os filiados nos partidos oficiais. Um fenómeno preocupante e a ter em conta pelos políticos europeus, alerta.
Para Jamie Bartlett, o principal autor do estudo, é vital perceber este fenómeno de crescimento de uma nova geração de activistas online de extrema-direita, muito mais numerosa que as filiações partidárias. "Existem centenas de milhares destes jovens por toda a europa. Eles estão desiludidos com o sistema político, com as instituições europeias, e preocupados com a erosão da sua cultura e identidade nacional e estão a aderir a movimentos de discurso mais radical que lhes falam dessas mesmas preocupações". Estão muito motivados, activos, e a crescer cada vez mais. Os políticos europeus deviam debruçar-se sobre o fenómeno, percebê-lo e dar uma resposta rápida ao problema".
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