sexta-feira, 27 de março de 2015

Coordenadora da OIM diz que tráfico de seres humanos tende a crescer

Em declarações à imprensa após dissertar o tema “Tráfico de seres humanos versus contrabando de migrantes” no seminário sobre “Violência baseada no sexo e proteção de grupos vulneráveis”, a especialista disse que o fenômeno deve merecer atenção redobrada em todos os países.
A coordenadora louvou a ação do governo angolano em fazer parte desde Setembro de 2014 do Protocolo de Palermo, que é o instrumento legal internacional que trata do tráfico de pessoas, em especial mulheres e crianças.
Lerena Pinto explicou que o Protocolo de Palermo foi elaborado em 2000, entrou em vigor em 2003.
O Protocolo é oficialmente conhecido como Protocolo Adicional à Convenção das Nações Unidas contra o Crime Organizado Transnacional Relativo à Prevenção, Repressão e Punição do Tráfico de Pessoas, em Especial Mulheres e Crianças.
A especialista apontou como causa do tráfico de seres humanos e o contrabando de migrantes a pobreza, procura por melhores condições de vida, falta de informação sobre o assunto, desemprego, desastres naturais, conflitos sociais e políticos.
Lerena Pinto acredita que os conflitos sociais e políticos desestabilizam e deslocam as populações levando os traficantes a aproveitarem a situação.
A responsável disse que para acabar com este fenômeno onde as crianças e mulheres são as maiores vitimas é preciso existir três “P”, nomeadamente “prevenir”, “proteger e assistir as vitimas” e “promover ações por meio de palestras”, assim como distribuir cartilhas, folhetos e outros meios informativos.
O seminário foi promovido pelo Ministério da Família e Promoção da Mulher (Minfamu), em parceria do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR), e teve a participação de 121 eletivos da Polícia Nacional, Procuradoria Geral da República e membros sociedade civil.
No evento que durou dois dias, foram abordados diversos temas entre eles “O papel da Polícia Nacional no combate à violência doméstica”, “Combate à violência contra as mulheres e Lei 25/11 contra a violência doméstica”, “Mecanismo de refrescamento e resposta ao VHI/SIDA”, “Refugiados, requerentes de asilo indeferido e apátridas” e “Tráfico de seres humanos versus contrabando de emigrantes”.

 Agencia Angola Press

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